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Brasil “Quando o PT escalava terrorista para cargos no governo, ninguém falava nada”, disse Bolsonaro sobre a nomeação de militares na nova gestão

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Presidente eleito cogita indicar mais militares para o primeiro escalão do seu governo. (Foto: Agência Brasil)

O presidente eleito Jair Bolsonaro não descartou a possibilidade de indicar mais militares para o cargo de ministro do primeiro escalão de seu governo. “É possível. Quando o PT escalava terrorista, ninguém falava nada”, respondeu ao ser questionado sobre a possibilidade.

Na segunda-feira (26), ele indicou o quinto militar como ministro do seu governo, o ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) Tarcísio de Freitas. Ele, que atualmente é coordenador do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos), já foi engenheiro do Exército, instituição que deixou quando era capitão.

Além dele, Bolsonaro já escolheu um general da reserva para seu vice, Hamilton Mourão, e outros dois para ministérios que ficam no Palácio do Planalto: Augusto Heleno, para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), e Carlos Alberto dos Santos Cruz, como chefe da Secretaria de Governo.

Santos Cruz vai compartilhar com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o trabalho de fazer a interlocução do Executivo com o Congresso. A medida foi vista como arriscada por pessoas próximas ao presidente eleito, já que normalmente o posto de articulador é ocupado por alguém com experiência na atividade parlamentar.

Entre militares, o capitão reformado do Exército escolheu ainda o astronauta Marcos Pontes para a pasta de Ciência e Tecnologia. Ele é tenente-coronel da Aeronáutica. Para a Defesa, que seria inicialmente ocupada por Heleno, Bolsonaro indicou o general da reserva Fernando Azevedo e Silva.

Ministérios

Bolsonaro deve decidir durante esta semana o tamanho final de seu governo, no que se refere ao primeiro escalão. Segundo fontes de Brasília, para onde ele retornou na manhã de terça-feira, o militar deve receber os esboços de dois tipos de estrutura: uma com 17 ministérios e outra com 19. O futuro do que hoje é o Ministério do Trabalho também deverá ser definido em breve.

Uma série de reuniões na sede do CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil) na capital federal também servirá para que o futuro chefe do Executivo aprove o organograma e nomes de chefia e subchefias para diversas áreas do governo que assumirá o comando do País a partir de 1º de janeiro.

De acordo com integrantes da equipe de transição, uma das hipóteses seria transformar em agência algumas das pastas que ainda faltam ser oficializadas. Essa alternativa serviria, por exemplo, para manter a Esplanada dos Ministérios mais próxima da meta inicial de 15 pastas.

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