Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Carlos Gerdau Johannpeter | 19 de junho de 2024
A agenda de evolução social e o fim da pobreza é ponto central em qualquer debate.
Foto: DepositphotosEsta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A pergunta, nesta abordagem, é direcionada aos governos e suas circunstâncias. Pode ser debatido no campo empresarial ou pessoal, mas é tema para outro artigo. Para além dos números, absolutos ou em percentual do PIB, a discussão passa por uma visão de sociedade, das pessoas, por posicionamentos de governantes e por escolhas econômicas e politicas
O entendimento que gastar o dinheiro arrecadado via iniciativas do Estado que muitos governos, de longa data, tem no seu DNA é um descaso com o equilíbrio fiscal. Alguns governantes procuram arrecadar e drenar ainda mais recursos da sociedade que já paga demasiado e não quer nem ouvir falar de pagar mais para sustentar o só gastar de alguns governos e políticos.
O caso aqui é que, em nome do “Estado Faz Tudo” 40% é tomado de quem trabalha, empreende e consome.
Somos mais de 200 milhões de pessoas que recebem uma pequena fração do que produzem enquanto carregamos um vampiro-elefante, de voracidade infinita.
Ou seja: o equilíbrio nas contas vem de arrecadar mais? Como dito por Lafer (o da curva), a partir de um certo ponto deixa de valer apena empreender, correr riscos, gerar riqueza e emprego. A agenda de evolução social e o fim da pobreza é ponto central em qualquer debate. São temas de natureza humana cuja resolução passa por uma visão humanitária, social, econômica e politica.
O que nos traz de volta a questão, quanto dinheiro é necessário? Dobrar o PIB de hoje seguiria sendo insuficiente no modelo de desequilíbrio econômico e fiscal que vivemos. Realmente o que está muito claro, na essência, é a visão de que o Estado é o centro de tudo. Tudo faz, tudo pode.
A sociedade e o mercado sabem que vai dar ruim. Do outro lado, isso não parece estar nas considerações de vários governantes.
É indiscutível que nunca haverá dinheiro suficiente no mundo para governos darem, eternamente, o sustento e meio de vida de milhões de pessoas. Programas sociais são boas ideias para soluções temporárias.
Uma provocação para pensar: que tamanho seria o nosso Brasil se o Estado representasse apenas a metade do custo que tem hoje?
Quanto significaria injetar no PIB privado, 33% de capital em termos de progresso, salários e crescimento da economia?
Reduzir o tamanho do governo (municipal, estadual e federal) e seu custo são caminhos necessários. Vital que a sociedade, em todos os segmentos, se mobilize para construir um novo futuro para o País.
(Carlos Gerdau Johannpeter é empresário)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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