Sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de maio de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou dados de abril do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) sobre a geração de 240 mil empregos, número 32% maior do que abril do ano passado, e 911 mil empregos nos quatro primeiros meses do ano. “Quanto mais a economia crescer, mais rápido será o tratamento com o Rio Grande do Sul.”
Na ocasião, Lula fez uma nova cobrança ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, para reduzir a taxa de juros e “colaborar” com as medidas anunciadas pelo governo ao Rio Grande do Sul.
“Espero que o presidente do Banco Central veja a nossa disposição de reduzir a taxa de juros e, quem sabe, colabore conosco, reduzindo a taxa Selic, para a gente poder emprestar a taxas de juros ainda mais baratas, a spreads mais baratos”, afirmou.
Lula afirmou ainda que “a economia vai crescer” e que “vai quebrar a cara” quem acreditar no contrário. “Sou teimoso em dizer que quem duvidar que a economia brasileira vai crescer vai quebrar a cara no final do ano.”
Novas medidas
Na última quarta-feira (29), o presidente anunciou uma nova leva de medidas para reconstrução do Rio Grande do Sul. O Estado lida há um mês com os efeitos de fortes chuvas e cheias, que deixaram 169 mortos, além de mais de 600 mil desabrigados.
Lula discutiu nas últimas semanas com sua equipe econômica medidas de socorro à indústria e ao setor agropecuário, que tiveram a produção e logística prejudicadas pela catástrofe ambiental.
A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) pediu ao governo federal um pacote de cerca de R$ 100 bilhões, entre linhas de crédito, alívio de impostos e flexibilizações trabalhistas nos moldes das adotadas na pandemia.
O governo também debateu internamente planos para prevenções de desastres naturais. Lula, que esteve três vezes no Rio Grande do Sul, tem repetido que não faltarão recursos para apoiar a retomada do Estado.
A calamidade no Rio Grande do Sul, reconhecia pelo Congresso Nacional, permite que o dinheiro aplicado na reconstrução fique de fora dos limites fiscais.
A tragédia sem precedentes no Rio Grande do Sul fez o governo adotar uma série de medidas para dar suporte às pessoas que perderam bens e ao setor produtivo gaúcho:
* criação do auxílio reconstrução – PIX de R$ 5,1 pago a famílias que perderam bens;
* promessa de compra de residências para famílias que perderam moradias (MCMV faixas 1 e 2);
* anúncio de R$ 50,9 bilhões em linhas de créditos e antecipação de benefícios;
* decreto de calamidade no estado, aprovado pelo Congresso Nacional
liberação de recursos emergenciais para atender as vítimas.
O presidente Lula também criou um ministério para dar apoio à reconstrução do Estado, comandado pelo deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que estava à frente da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).