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Quase dez anos depois, Mercado Público de Porto Alegre reativa o seu espaço de eventos

Área no andar térreo abrigava restaurantes atingidos por incêndio no segundo andar em 2013. (Foto: Arquivo/PMPA)

Redirecionado para a instalação provisória de restaurantes atingidos em 2013 pelo incêndio de grandes proporções no segundo pavimento, o Espaço de Eventos do Mercado Público de Porto Alegre voltará a funcionar nesta quinta-feira (29). A reinauguração da área – no andar térreo – tem como atração a Exposição de Orquídeas, que prosseguirá até sábado (1º).

Já nos dias 7 e 8 será a vez do projeto “Identidade Gaúcha”, com shows de artistas da música nativista gaúcha, além de oficinas temáticas. Nas próximas semanas, a prefeitura deve definir o formato mais adequado para ocupação do setor, bem como as melhorias necessárias para receber essa finalidade.

“A ideia é que a população tenha um local estruturado e gratuito para exposições, música e dança”, ressalta a administração municipal. Esse processo de retomada foi possível após a reabertura do segundo piso, possibilitando o retorno de seis estabelecimentos do ramo de bares e restaurantes para seus locais de origem.

Ao longo desse período de quase uma década de fechamento do Espaço de Eventos, o Mercado Público tem utilizado outra área no térreo do prédio para a realização de eventos – exceto durante a época de restrições de atividades por causa da pandemia de coronavírus. Na programação regular estão feiras de artesanato, antiguidades, gibis e discos de vinil.

– Exposição de Orquídeas: 29 de setembro (13h às 19h), 30 de setembro (8h às 19h) e 1º de outubro (8h às 17h).

– Projeto Identidade Gaúcha: 7 e 8 de outubro. Shows com Thiago Reder e Grupo Silhueta Campeira; Augusto Camargo e Bruna Scopel. Quarteto Coração de Potro. Oficinas de chimarrão, pintura, dança de salão, guasquearia, vaca parada e culinária.

Viaduto da Borges

Também no Centro Histórico da capital gaúcha, os comerciantes que utilizam 33 das 36 lojas do Viaduto da Borges de Medeiros estão notificados pela prefeitura a desocupar as unidades até o dia 13 de outubro (as outras três estão vazias). A determinação não vale para estabelecimentos localizados nas escadarias da estrutura, inaugurada há 90 anos e que passará por obras de revitalização.

Em agosto, foram realizadas reuniões individuais entre representantes de secretarias municipais e cada microempresário, a fim de  apresentar alternativas conforme as características de cada negócio.

Atividades em áreas afins com pastas municipais serão acolhidas pela administração municipal. É o caso de duas salas de arte que serão atendidas pela Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, assim como a Associação de Creches Comunitárias, que terá apoio da Secretaria Municipal de Educação.

Já a Associação das Artesãs deve voltar a fazer parte das feiras do Mercado Público, por estarem vinculadas à Associação de Artesãos Porto Alegre Solidária (Asposol). De todos os ocupantes, três permissionários estão em situação regular e receberam proposta de se mudarem para o  antigo Abrigo dos Bondes, próximo ao Chalé da Praça 15.

Aos demais 25 comerciantes (mesmo não regulares) foram oferecidas reuniões para registrar necessidades e orientações. A prefeitura ofereceu a eles algumas alternativas para que não parem suas atividades comerciais: loja no Pop Center (“Camelódromo”) com dois meses de isenção de aluguel, serviços da Sala do Empreendedor, programa de microcrédito do município e participação em feiras.

Quem não compareceu aos encontros foi notificado pela Procuradoria-Geral do Município (PGM) ou pela Coordenação da Fiscalização. Alguns já sinalizaram que optarão por se aposentar, alugar espaços em outros locais ou manter as vendas pela internet.

Com o valor orçado em R$ 13,7 milhões, as obras serão realizadas pela empresa Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia, vencedora da licitação. A revitalização tem por objetivo deixar a estrutura pronta para operar com plena capacidade, inclusive como ponto turístico e espaço de convivência.

Com prazo de execução de 18 meses a contar a partir da assinatura da ordem de início, o projeto prevê intervenções estruturais e estéticas. Além da recuperação dos elementos construtivos e decorativos, estão previstas soluções para as instalações elétricas, telefônicas, sistemas de segurança e iluminação pública.

(Marcello Campos)

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