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Rio Grande do Sul Quase metade da força de trabalho do Rio Grande do Sul pode sofrer impactos do coronavírus

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Essas projeções fazem parte de um estudo elaborado pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão

Foto: Divulgação
No Estado, a projeção média é estimada em 76,89 anos. (Foto: Divulgação)

Mais de 2,6 milhões de gaúchos que formam as categorias consideradas economicamente as mais vulneráveis, algo ao redor de 43% da força de trabalho do Rio Grande do Sul, estão diretamente sujeitos a impactos das medidas de isolamento social necessárias para conter o avanço da Covid-19.

Desse contingente de empregados informais, desocupados e trabalhadores por conta própria, a estimativa é de que 598 mil pessoas estariam aptas, pelos ganhos que tinham antes pandemia, a receber as três parcelas do auxílio emergencial de R$ 600 por mês do governo federal.

Essas projeções fazem parte de um estudo elaborado pela Seplag (Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão) com o propósito de monitorar os efeitos do vírus sobre a atividade econômica no RS e oferecer subsídios às decisões do governo do Estado.

Desenvolvido por pesquisadores do DEE/Seplag (Departamento de Economia e Estatística), o trabalho indica que, dos grupos considerados como economicamente vulneráveis, os trabalhadores por conta própria que não contribuem para a previdência e os empregados sem carteira assinada têm o menor salário mediano: R$ 1.000.

Isso significa, conforme o levantamento junto aos dados mais recentes da Pnad Contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que a ajuda de R$ 600 compensaria entre 30% e 60% do rendimento mediano dos trabalhadores informais no Estado.

Além dos 239 mil beneficiários do bolsa-família, o estudo projeta cerca de outros 359 mil gaúchos poderão atender os requisitos que ficaram estabelecidos no programa federal, entre eles ser maior de 18 anos e renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo.

Esse contingente de vulneráveis economicamente aptos aos R$ 600 estaria dividido da seguinte maneira: 86 mil de informais; 129 mil que trabalham por conta própria e 144 mil desocupados.

Antes da pandemia, força de trabalho do RS estava no seu maior patamar desde o início da série histórica, em 2012: um universo de 6,169 milhões de pessoas. A taxa de participação na força de trabalho, por sua vez, estava em 64,6% da população, muito próximo do atingido no ponto máximo da série (1º trimestre de 2017).

“Todos os indicadores nos mostram que a economia gaúcha vinha numa linha de recuperação da forte recessão que o país sofreu partir de 2015, mas que agora terá um forte revés por conta dessa situação que vem abalando todos os centros econômicos do mundo”, disse a secretária de Planejamento, Leany Lemos, que coordena o Comitê de Análise de Dados sobre os impactos e os principais desafios diante da pandemia.

O Comitê foi instituído pelo governador Eduardo Leite com a finalidade de reunir uma série de dados sobre diferentes áreas para orientar as ações prioritárias. Por conta das características do perfil demográfico, o estudo também buscou informações sobre a faixa da população com mais de 60 anos de idade, considerada a de maior risco para a Covid-19.

Entre os idosos, 35,2% dos homens fazem parte da força de trabalho, frente a 17,6% das mulheres. A pesquisa apontou ainda, entre toda a PIA (População em Idade Ativa), há 72,5% de homens e 57,3% de mulheres.

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https://www.osul.com.br/quase-metade-da-forca-de-trabalho-do-rio-grande-do-sul-pode-sofrer-impactos-do-coronavirus/ Quase metade da força de trabalho do Rio Grande do Sul pode sofrer impactos do coronavírus 2020-04-13
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