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Quase metade das matrículas no ensino superior brasileiro já são na modalidade EAD

Educação à Distância representa 49% das inscrições nos cursos de graduação brasileiros. (Foto: Divulgação/MCTIC)

Desde que as instituições de ensino foram liberadas a oferecer aulas on-line para o Ensino Superior, no ano de 1990, a popularidade desta maneira de estudar só cresce no Brasil. Porém, foi na pandemia de Covid-19 que a essa busca tomou proporções maiores.

Agora, em pleno ano de 2024, o Governo Federal acabou de atualizar que o número de matrículas presenciais segue em queda, com o número de alunos nas salas ficando a beira de ser superado pelos EaD.

Conforme o Ministério da Educação, das 9,9 milhões de matrículas atuais em universidades e faculdades, 4,9 milhões são em cursos de educação a distância (EaD). Esses quase cinco milhões de pessoas matriculadas no EaD representam 49% do total de matriculados no ensino superior no país, conforme apontado pela Agência Brasil. Os dados são do Censo de Educação Superior feito em 2023.

Atualmente, a diferença entre modalidades é de 150.220 matrículas, segundo o censo.

“Notamos que o número de alunos matriculados nos cursos EaD praticamente igualou o número de alunos nos cursos presenciais, que vem caindo gradativamente, como modalidade”, afirmou Celso Niskier, diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

Mas o que faz com que os alunos prefiram as estudar de maneira remota? Uma explicação está na comodidade de acessar os conteúdos de qualquer lugar, sem a necessidade deslocamentos e imprevistos como atraso de transporte público ou trânsito lento, por exemplo.

Por outro lado, há quem diga que o Ensino Presencial tem mais qualidade. Em todos os casos, o que vale é a pesquisa da instituição e conferir quais são as vantagens de cada lugar. Hoje em dia, existem boas opções de faculdade EAD, com foco no desenvolvimento profissional e nas novas tecnologias do mercado de trabalho.

Para Niskier, a educação a distância “é a que permite a democratização do acesso ao ensino superior” no Brasil. “Nosso desafio é investir na qualidade da educação a distância”, acrescentou.

Dados

• Número de cursos EaD cresceu 232% entre 2018 e 2023;
• Impulso maior ocorreu na pandemia de Covid-19, em 2020;
• Instituições de ensino privadas respondem pela ampla maioria dos inscritos nos cursos EaD (79,3%);
• Crescimento da modalidade na rede particular foi de 7,3% entre 2022 e 2023;
• No mesmo período, modalidade diminuiu 0,4% na rede pública.

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