De acordo com uma pesquisa realizada pela Deloitte – empresa de auditoria, consultoria empresarial, assessoria financeira, gestão de riscos e consultoria tributária – 47% dos entrevistados diminuíram funcionários para manter a saúde financeira do negócio este ano. As informações são do jornal Extra e da Agência Brasil.
O levantamento “Varejo em Transformação”, realizado com 126 empresas brasileiras – sendo 62 de bens de consumo e 64 de varejo que fazem parte de 20 segmentos econômicos –, em novembro deste ano, mostrou que 59% tiveram aumento de custos, 40% precisaram diminuir despesas, e 66% adaptaram seus planos de vendas.
Para o Natal deste ano, dois terços dos entrevistados acreditam que as vendas aumentarão em relação a 2017 e 75% têm uma estratégia definida de gestão de estoques para atender à demanda do período de festas.
Das empresas que fazem parte dos 60% que tiveram crescimento este ano, a maioria utiliza ferramentas como captura de opiniões nas redes sociais, armazenagem e histórico de compras, rastreio de consulta dos preços dos clientes, consolidação de reclamações, criação de promoções e precificação por perfil.
Vendas no Natal
Segundo uma outra estimativa feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o varejo brasileiro deverá faturar R$ 34,6 bilhões em vendas no Natal deste ano, o que representa alta de 3,1% em relação a 2017.
Desse total, as vendas nos segmentos hiper e supermercados (R$ 12,4 bilhões), vestuário (R$ 9,1 bilhões) e artigos de uso pessoal e doméstico (R$ 5,3 bilhões) deverão se destacar. Juntas, as três categorias devem responder por 78% do faturamento com vendas natalinas este ano.
Com o aumento na expectativa de vendas, a CNC revisou a previsão quanto à criação de vagas temporárias para suprir a demanda sazonal durante a principal data comemorativa do comércio. A entidade prevê a oferta de 77,1 mil vagas, contra uma expectativa anterior de 76,5 mil postos de trabalho temporário. Os maiores volumes de contratação deverão se concentrar no segmento de vestuário (50,2 mil vagas) e de hiper e supermercados (13,5 mil).
O salário médio de admissão deverá registrar aumento de 2,3%, chegando a R$ 1.210. O maior salário médio deverá ser pago pelo ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.475), seguido pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.459).