Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de julho de 2020
O maior percentual de empresas em que a pandemia tem tido efeito negativo está no setor de serviços
Foto: Fernando Frazão/Agência BrasilUm levantamento divulgado nesta quinta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que quatro em cada dez empresas que paralisaram as suas atividades no País na primeira quinzena de junho o fizeram por causa da pandemia do novo coronavírus.
Ao todo, cerca de 1,3 milhão de empresas estavam com atividades encerradas temporária ou definitivamente na primeira quinzena do mês passado. Destas, 522,7 mil (39,4%) apontaram como causa as restrições impostas pela pandemia.
“Esse impacto no encerramento de companhias foi disseminado em todos os setores da economia, chegando a 40,9% entre as empresas do comércio, 39,4% dos serviços, 37% da construção e 35,1% da indústria”, destacou o IBGE.
Os dados fazem parte da primeira divulgação da Pesquisa Pulso-Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, criada pelo IBGE para avaliar os impactos da pandemia no mercado empresarial brasileiro.
Entre as 2,7 milhões de empresas em atividade na primeira quinzena de junho, 70% reportaram que a pandemia teve um impacto geral negativo sobre o negócio. Outros 16,2% empresários disseram que o efeito foi pequeno ou inexistente. Em contrapartida, 13,6% afirmaram que a pandemia trouxe oportunidades e que teve um efeito positivo sobre a empresa.
Por segmento, o maior percentual de empresas em que a pandemia tem tido efeito negativo está no setor de serviços (74,4%), seguido por indústria (72,9%), construção (72,6%) e comércio 65,3%.
Empresas fechadas definitivamente
De acordo com o IBGE, na primeira quinzena de junho havia cerca de 4 milhões de empresas ativas no País. Destas, 2,7 milhões (67,4%) estavam em funcionamento total ou parcial, enquanto 610,3 mil (15,0%) estavam fechadas temporariamente. Já cerca de 716,4 mil (17,6%) encerraram suas atividades em definitivo.
Das empresas que fecharam em definitivo, 715,1 mil (99,8%) eram de pequeno porte (com até 49 funcionários), enquanto outras cerca de 1,2 mil tinham porte intermediário (entre 50 e 499 pessoas ocupadas). Nenhuma grande empresa (com mais de 500 funcionários) fechou as portas.