Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Ali Klemt | 28 de julho de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Eu não sei você, mas sou uma entusiasta dessa competição milenar que carrega tanto simbolismo. A origem das Olimpíadas remonta à antiga Grécia, berço da civilização ocidental. Até hoje, é de Olímpia, onde se realizavam os jogos na antiguidade, que parte a chama olímpica que é carregada até a nova sede da próxima edição das Olimpíadas.
Em 1890, depois de assistir os Jogos Anuais da Sociedade Olímpica de Wenlock, o Barão Pierre de Coubertin se inspirou em fundar o Comitê Olímpico Internacional. Aí começaram os jogos da era moderna!
Esse ano, a festa é em Paris! A cidade mais charmosa e romântica do mundo, cuja história embala grande parte da nossa cultura. O local de onde surgiram grandes nomes da literaturas da ciência, das artes e da moda. E, principalmente, uma cidade conhecida pelo incentivo ao desenvolvimento intelectual e, claro, com uma queda pela revolução. Afinal, a revolução mais famosa da história é a francesa. Liberté, egalité, fraternité, um lema atual até os dias de hoje.
Atual, não: essencial! E, embora a cerimônia de abertura tenha sido polêmica, isso não diminui a importância da mensagem exaustivamente reiterada neste ano. Precisamos ter mais amor no coração para viver em paz. Em paz, como pregava, há quase 50 anos, o eterno John Lennon. Não por acaso, “Imagine” embalou a todos que assistiam o início das Olimpíadas 2024.
Tenho profundo respeito pelos atletas. São pessoas focadas e abnegadas. Costumam ter valores muito claros, assim como são claros os resultados que precisam alcançar. Preto no branco. Ou você atinge um índice, ou não: simples assim. É que vença o melhor. Sem mimimi.
Quem se dedica ao esporte costuma ter boa índole, na minha visão. Porque ê uma vida de dedicação, sacrifícios e resiliência por alguns momentos de glória que, talvez, nem venham a ocorrer. É difícil imaginar psicopatas ou espertinhos que se submetam a esse tipo de vida.
E temos exemplos aos montes! O povo do Rio Grande do Sul, aliás, é grato a muitos deles: os surfistas de ondas gigantes que vieram do Rio de Janeiro para ajudar nos resgates, representados amplamente por Pedro Scooby e Lucas Chumbo – este último, agora torcendo pelo irmão Chumbinho nas Olimpíadas. E tem que não tenha ido para Paris exatamente para salvar pessoas: Alef Fontoura, Evaldo Becker e Daniel Lima trabalharam duro no resgate de famílias e animais nas enchentes do Rio Grande do Sul e desistiram da competição em prol do voluntariado. Almir dos Santos Júnior conseguiu ir para Porto Alegre com um amigo, levando um barco. Assim que chegou, já foi direto para a água. Sem contar o caso de Deise Falci, ex-esgrimista que estava no Rio Grande do Sul se tornou um dos nomes mais reconhecidos no resgate aos animais durante a tragédia que nos assolou.
Grandes atletas e boas pessoas. O Brasil está cheio deles. Eu acredito, e estarei na “fila do gargarejo” em frente à minha TV, torcendo por cada um deles que carrega o orgulho de ser brasileiro. De vencer. Porque nós somos bons. E somos muitos. Que sigamos no Brasil o exemplo dos jogos olímpicos: batalhar de forma honesta e trabalhar pelo melhor resultado.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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