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Que tal perder 520 calorias em 20 minutos? A eletroestimulação muscular é uma aliada

Tratamento ganha mais adeptos que querem poupar tempo nos treinos e ver resultados rápidos. (Foto: Reprodução de internet)

Rainha de bateria da Viradouro desde 2014, Raíssa Machado sempre atravessa a Avenida vestindo uma fantasia de cerca de 15 quilos, em cima de um salto alto, sorriso no rosto e, claro, samba no pé. Para aguentar a maratona, ela passa por ensaios, treinos e avaliações. No último carnaval, a musa contou com uma ajudinha extra: a da eletroestimulação muscular, conhecida mundialmente pela sigla EMS.

A tecnologia alemã vem conquistando cada vez mais adeptos. Com a chegada, agora são duas as representantes da técnica; a outra é a Miha. Ambas oferecem sessão de, no máximo, 20 minutos, o que, garantem os professores, equivale a cerca de duas horas de um treino convencional. Durante a sessão o aluno veste uma roupa especial – oferecida gratuitamente nas próprias academias – e um colete de neoprene ligado a uma máquina que libera impulsos elétricos de alta intensidade, disparados por um equipamento regulado pelo professor.

São trabalhados cerca de 350 músculos, proporcionando gasto médio de 520 calorias. A intensidade utilizada varia de acordo com a capacidade e o objetivo de cada aluno. Durante a sessão, para potencializar os efeitos dos impulsos elétricos, são executados movimentos funcionais, como agachamentos e polichinelos.

“Quando o carnaval estava se aproximando, meu professor me fazia sambar uns cinco minutos no fim de cada sessão com a eletroestimulação. Eu brinco que cruzar a Avenida em uma hora e meia é muito mais fácil do que esses cinco minutos”, disse Raíssa. “Além do aumento da tonificação dos músculos, melhorou muito o meu desempenho. E ano passado eu comecei faltando pouco mais de dois meses para o desfile. Dessa vez, após um período de descanso, estou retornando com tudo, e o resultado deve ser ainda melhor”.

De acordo com Márcio Vasconcelos, professor de educação física, uma academia no Rio de Janeiro registrou um aumento de 40% na procura em um ano. “O principal público que busca a EMS é de mulheres entre 35 e 45 anos, mas é uma tecnologia que beneficia a todos; de jovens a idosos. No caso de Raíssa, o professor Felipe Amado trabalhou mais a parte de tonificação e resistência e prevenção de lesões, uma vez que ela fica muito tempo com peso e sobre um salto, precisando de bastante preparo físico”.

Em uma outra academia no Rio de Janeiro, são mais de cem alunos matriculados em pouco mais de 30 dias. Atraído pela rapidez das sessões, o casal de advogados Monique Gonçalves e Rodolpho Araújo começou os treinos assim que o espaço abriu. O objetivo dela é tonificar os músculos; o dele, perda de peso.

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