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Política Quebra de sigilo telemático do general Braga Netto agora é prioridade para investigadores

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Objetivo é confrontar dados do celular do general com informações obtidas com investigados em operação. (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

Os investigadores da Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nessa terça-feira (12) para investigar supostas fraudes de militares que integraram o Gabinete da Intervenção Federal no Rio de Janeiro (Girf), em 2018, afirmam que o interesse, agora, está nos dados obtidos na quebra do sigilo telemático do general Walter Souza Braga Netto, que era o interventor na época.

Fontes envolvidas na investigação afirmam que o inquérito já reúne muito material de conversas entre os principais suspeitos – lobistas, donos de empresas e militares – citando proximidade com o general tanto no Rio de Janeiro em 2018 quando em 2020, no cargo de ministro da Casa Civil do então presidente Jair Bolsonaro (PL). São pessoas próximas falando do general.

As informações de Braga Netto obtidas na operação estão sendo periciadas. Ele não é alvo da mandados, mas teve os sigilos telemático e telefônico quebrados.

Os alvos investigados mencionam encontros, conversas com Braga Netto, almoço, viagem a Brasília e até jantar em março de 2020, na casa do então ministro e braço direito de Bolsonaro. São terceiros falando de Braga Netto e garantindo acesso rápido e fácil ao general.

Os investigados também asseguram, segundo as apurações da PF, que Braga Netto era a pessoa certa para ajudar nos lobbies de interesses do grupo.

A quebra do sigilo telemático dele tem, portanto, o objetivo de confrontar os dados de Braga Netto com os dos investigados (e já incluídos no inquérito) para saber se o general, na condição de ministro de Estado, vinha falando, se encontrando e supostamente agindo em benefício do grupo acusado de vários crimes.

Operação Perfídia

Agentes saíram nessa terça para cumprir 16 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em São Paulo e no Distrito Federal. Não houve mandados de prisão, e Braga Netto não é alvo de mandados.

Em fevereiro de 2022 — durante o mandato de Jair Bolsonaro —, o governo dos Estados Unidos avisou às autoridades brasileiras do possível desvio ao investigar o atentado ao presidente do Haiti, Jovenel Moïse, em julho de 2021.

A PF investiga crimes de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção e organização criminosa na contratação da empresa americana CTU Security LLC para aquisição de 9.360 coletes balísticos com sobrepreço de R$ 4,6 milhões. O acordo acabou cancelado, e o valor, estornado.

Na decisão, no entanto, a juíza Caroline Figueiredo, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, afirmou que a suspensão da execução do contrato, por si só, não afeta os supostos crimes até então cometidos: advocacia administrativa ilegal, dispensa ilegal de licitação e corrupção. A juíza ressaltou que a suspensão do contrato apenas impediu um prejuízo maior ao governo brasileiro.

No início da tarde dessa terça, o general Braga Netto disse que os contratos do Gabinete de Intervenção Federal seguiram absolutamente todos os trâmites legais previstos na lei brasileira.

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https://www.osul.com.br/quebra-de-sigilo-telematico-de-general-braga-netto-agora-e-prioridade-para-investigadores/ Quebra de sigilo telemático do general Braga Netto agora é prioridade para investigadores 2023-09-12
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