A queda da estrutura da ponte Juscelino Kubitschek, que ligava Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), ocasionou no vazamento de 76 toneladas de ácido sulfúrico no Rio Tocantins, proveniente dos caminhões que caíram no desabamento da via. As informações foram divulgadas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que alertou as autoridades locais que o escoamento pode impactar até 19 municípios da região. O produto químico é tóxico e corrosivo.
Equipes de resgate localizaram nessa quarta-feira (25) mais dois corpos de vítimas da queda da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no Rio Tocantins, no último domingo, dia 22. Com isso, o número de mortes confirmadas chega a 6; outras 11 pessoas continuavam desaparecidas.
Não há risco de contaminação nas águas do Rio Tocantins, na região onde caiu a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre o Maranhão e o Tocantins. Com isso, a água está liberada para o consumo. A informação foi repassada pelo governador do Maranhão, Carlos Brandão, em uma rede social.
Segundo Brandão, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) emitiu um parecer técnico de que não há risco de contaminação nas águas do rio. Havia o risco de a queda de três caminhões no desabamento da ponte, em 22 de dezembro, transportando cerca de 25 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, produto químico corrosivo, pudesse contaminar as águas.
“A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) acaba de emitir parecer técnico informando que não há risco de contaminação nas águas do rio Tocantins quanto ao processo referente ao consumo. Com isso, informo que a captação da água para abastecimento de Imperatriz será retomada imediatamente. Outras análises estão sendo realizadas, com apoio das equipes do nosso @GovernoMA, para garantir a segurança integral de todos”, disse Brandão na noite de terça-feira (24).
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito para investigar os impactos ambientais provocados pela queda da ponte Juscelino Kubitschek.
“O derramamento de ácido sulfúrico e agrotóxicos representa graves riscos à saúde das populações que vivem próximas à margem do rio Tocantins, especialmente de comunidades ribeirinhas e tradicionais, que utilizam o rio como fonte de subsistência”, disse o MPF em nota.
O caso também é investigado pela Polícia Federal (PF), que busca a responsabilidade criminal pelo queda da ponte e também a análise do potencial de dano ambiental na área. Uma equipe de cinco peritos, sendo dois engenheiros civis, dois especialistas em local de crime e um especialista em meio ambiente, foi enviada ao local.
A investigação será conduzida pelas Superintendências Polícia Federal no Maranhão e no Tocantins, que têm jurisdição sobre a área.
“As diligências preliminares serão conduzidas pelas superintendências regionais da Polícia Federal no Maranhão (SR/PF/MA) e no Tocantins (SR/PF/TO). Além disso, um procedimento de investigação precedente foi instaurado e policiais federais já foram deslocados para coletar dados e evidências sobre o caso. As equipes também irão avaliar a multidisciplinariedade das perícias necessárias e identificar demandas de equipamentos técnicos para aprofundar as investigações”, informou a PF. As informações são do jornal O Globo e da Agência Brasil.