Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de julho de 2016
Depois de começar o ano cotado a 3,94 reais, o dólar comercial terminou o primeiro semestre de 2016 rondando o patamar de 3,20 reais, acumulando recuo de 18,6%. A queda da moeda tem feito turistas que haviam adiado as viagens ao exterior considerarem novamente os planos de visitar outros países.
Segundo agências de viagem, a procura por pacotes turísticos internacionais voltou a crescer após a baixa do ano passado, especialmente nos últimos dias.
A demanda reprimida de quem não estava podendo viajar porque estava muito caro agora começa a encontrar opções e viagens em conta, ainda mais com o parcelamento fixo em reais, que é diferente da compra do cartão de crédito, que fica com o risco de quando vai ser cobrada a fatura do cartão.
Quando faz compras em dólar com o cartão de crédito, o consumidor fica sujeito à cotação da moeda no dia do pagamento da fatura, e não no momento da compra. O valor da fatura é emitido de acordo com o câmbio no dia do seu fechamento. Se o cliente faz o pagamento em uma data diferente, ainda dentro do prazo de vencimento, está sujeito ao preço do dólar naquele dia.
Houve aumento também da procura por viagens para a Europa, com o euro em queda. De acordo com as agências de turismo, o brasileiro está voltando a buscar viagens pela cultura e não para fazer compras.
Compra de dólar.
Mesmo em momentos de alta ou queda brusca do dólar, a recomendação dos especialistas é evitar fazer “previsões” para escolher o momento da compra da moeda para viajar.
Isso significa que a recomendação para o turista que vai viajar daqui a três meses, por exemplo, é de dividir a compra, adquirindo um pouco de dólares a cada mês. Assim, no final, terá comprado a moeda pelo valor médio daquele período.
Dólar de turismo.
O dólar de turismo, também usado por consumidores para comprar algo no exterior ou mesmo quando importam produtos de outros países, é mais caro que o dólar comercial – usado pelas empresas e bancos para as outras transações realizadas no mercado de câmbio, como exportação, importação e transferências financeiras.
O preço pago pelo dólar leva em consideração os custos administrativos e financeiros. Segundo o Banco Central, a taxa de câmbio pode variar de acordo com a natureza da operação, da forma de entrega da moeda estrangeira e de outros componentes, tais como valor da operação, cliente, prazo de liquidação, etc. Como os consumidores compram volumes menores que as empresas e outros bancos, esses custos tendem a ser maiores. (AG)