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Política Queda em São Paulo fortalece nome do Nordeste para a presidência do PT

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No Rio Grande do Sul, no Paraná e em Santa Catarina, houve recuo no total de prefeitos eleitos.

Foto: Ricardo Stuckert/PR
No Rio Grande do Sul, no Paraná e em Santa Catarina, também houve recuo no total de prefeitos eleitos. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O resultado do PT no primeiro turno das eleições municipais impactou na discussão sobre a sucessão da sigla, dando fôlego para a ala que defende um nome do Nordeste para a sucessão de Gleisi Hoffmann. O pleito evidenciou a grande dependência da região para o desempenho nacional do partido e há um sentimento crescente de questionamento a nomes da legenda. Dos oito Estados nos quais o PT avançou em número de eleitos frente a 2020, seis estão no Nordeste. No Rio Grande do Sul, no Paraná e em Santa Catarina, houve recuo no total de prefeitos.

Assim, as urnas reforçaram a influência de ministros nordestinos como cabos eleitorais. Saíram fortalecidos das eleições Camilo Santana (Educação), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Rui Costa (Casa Civil). Seus estados encabeçaram a lista de mais prefeituras conquistadas pelo PT ante a última eleição. No total, foram 71 municípios a mais considerando o avanço no Ceará, Piauí e Bahia, resultado importante para balancear o desempenho do Sul, onde a legenda perdeu 13 prefeituras.

Esse quadro deu força à ala do PT que advoga por um nome da região para o comando da legenda a partir do ano que vem, quando está prevista a escolha do nome que sucederá Gleisi na presidência. No caso de esta tese ganhar ainda mais impulso, um dos nomes ventilados é o do líder do partido na Câmara, José Guimarães (CE).

Toda a costura, é claro, passará pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente já indicou que pode defender a antecipação da escolha, inicialmente prevista para abril ou maio do ano que vem, dando força a Edinho Silva, prefeito de Araraquara (SP).

Após a votação do primeiro turno, a cúpula do petismo até tentou emplacar um discurso de reconstrução, mas coube a Lula interromper a tentativa de dourar a pílula. Para ele, a sigla não foi bem e precisa reavaliar seu papel nas eleições municipais. O presidente falou em público o que expoentes da legenda já diziam sob reserva nos últimos dias: apesar do avanço em número de prefeituras, o maior partido de esquerda do País saiu enfraquecido.

Em São Paulo, onde estão quadros da velha-guarda do partido, a legenda minguou e agora passou a ter sob seu comando somente três cidades, o mesmo número do Novo, por exemplo. Contribuiu para amplificar a sensação de derrota o fato de as vitórias terem ocorrido em cidades pouco expressivas: Lucianópolis, Matão e Santa Lúcia — nesta última, o candidato do PT era o único a concorrer ao cargo.

São Bernardo do Campo, Osasco, Diadema, Araraquara, Santo André e Campinas são exemplos de cidades nas quais ministros do governo se engajaram em campanhas e, ainda assim, o PT não embalou seus candidatos. Luiz Marinho (Trabalho), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) são exemplos de auxiliares de Lula que fizeram eventos com candidatos petistas no estado.

Uma das derrotas mais sentidas foi em Araraquara, onde Edinho Silva falhou em eleger um sucessor. Até agora, ele vinha sendo citado como um dos principais cotados para assumir a direção do PT. Para integrantes da cúpula da legenda, contudo, o resultado em sua cidade joga água nesses planos. Um membro da direção da sigla chegou a vaticinar que Edinho se tornou “carta fora do baralho”.

Integrantes do PT em São Paulo discordam. Além de uma preferência de Lula pelo nome de Edinho ter peso na decisão, eles argumentam que a diferença de votos em Araraquara foi pequena para o candidato bolsonarista e está longe de indicar a erosão da influência do prefeito. Dizem ainda que, mesmo no Nordeste, o desempenho de Ceará, Piauí e Bahia é questionável, já que o PT não levou capitais e conquistou muitas prefeituras pequenas.

Apesar de admitirem que Camilo Santana é um dos que deve ter mais influência nas discussões sobre os rumos do partido daqui para frente, petistas argumentam que sucesso eleitoral não é fator decisivo para catapultar um nome ao comando da legenda. Da mesma forma que, no auge da crise causada pela Lava-Jato, o PT precisava de alguém com perfil combativo como Gleisi, agora a legenda parece carecer de alguém capaz de renovar suas diretrizes e compor com grupos mais amplos, dizem integrantes da sigla. As informações são do Jornal O Globo.

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https://www.osul.com.br/queda-em-sao-paulo-fortalece-nome-do-nordeste-para-a-presidencia-do-pt/ Queda em São Paulo fortalece nome do Nordeste para a presidência do PT 2024-10-15
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