O número de focos de queimadas no Pantanal, considerando o período desde 1º de janeiro a 11 de setembro deste ano, já aumentou 345% em relação aos números registrados no mesmo período de 2018. De acordo com Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os resultados são cerca de 43,6% maiores em relação à média registrada nos últimos 21 anos.
Apesar da crença comum de que o Pantanal passa o ano inteiro submerso, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica que apenas entre os meses de outubro e maio tal fato ocorre. Fora deste período, o ambiente fica seco. Além disso, este ano vem apresentando uma quantidade menor em chuvas e um calor excessivo, o que também favorece o aumento desses índices. O município de Corumbá, popularmente conhecido como capital do bioma, é o mais afetado, e já apresenta 3.138 mil focos de incêndio entre os meses de janeiro a setembro.
Devido à situação, os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em parte cobertos pelo bioma do Pantanal, já decretaram situação de emergência. Foi requisitado à Força Aérea um avião C-130 Hércules para o combate aos incêndios florestais.
A organização SOS Pantanal informou que o fogo é causado por ação humana, seja intencional ou não, e que os fortes ventos levam as chamar a distâncias além de 10 km. Além disso, eles também reavivam focos quase extintos.