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Quem constrói o futuro?

TRF4 confirmou condenação de Lula. (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4)

A confirmação, em segunda instância, da condenação do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, ocorrida na última quarta-feira, está sendo vista por muitos como uma derrota acachapante da vertente esquerdista da política brasileira. O debate polarizado sobre esse fato ofusca a conclusão de que a máquina pública é utilizada para obter vantagens pessoais mediante a concessão de facilidades aos amigos da corte, por políticos não apenas da esquerda, mas também de centro e de direita.

No entanto, o verdadeiro recado que deve ser extraído dos incontáveis atos nefastos que nos foram revelados pela maior operação anticorrupção do Brasil, dentre os quais os que foram comprovadamente praticados pelo ex-presidente Lula, é que esse imenso Estado não age com o propósito de melhorar a vida de seus cidadãos. A luta pelo poder acaba sendo um fim em si mesmo, e a expansão das amarras do Estado é o meio pelo qual são feitos conchavos escusos para atingir esse propósito, sufocando os indivíduos.

Não há outro caminho para solucionar tal problema senão a indispensável diminuição do tamanho do Estado brasileiro, que, ao final e ao cabo, implicaria na valorização de cada um de seus cidadãos com vistas a poderem exercitar a liberdade, tão limitada nos dias de hoje. Uma pessoa que é obrigada a financiar esse emaranhado de falcatruas por meio de pesados tributos, inegavelmente, tem suprimido o seu direito de lutar pela própria prosperidade.

Do julgamento ocorrido nesta semana, precisamos compreender que ações e decisões políticas são norteadas pelo autointeresse dos governantes, e não por uma suposta busca pelo intangível “interesse público”. Atender à população é permitir que cada brasileiro seja um importante agente na mudança do país, livrando-o da burocracia e viabilizando que tenha autonomia para trabalhar, para empreender e para criar riquezas. A grande lição que devemos extrair é, portanto, que um futuro melhor jamais será construído pelo Estado, mas sim pelo povo brasileiro, com suas próprias mãos.

Caio Rizk – Advogado e associado do IEE

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