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Brasil Quem disse que nunca um brasileiro ganhou o Prêmio Nobel? Entenda

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Peter Medawar é considerado um dos pais das técnicas de transplante. (Foto: Reprodução)

O Palácio Quitandinha, um dos principais pontos turísticos de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, vai ganhar uma série de melhorias em sua na área externa, onde fica o lago. O local, que costuma receber centenas de visitantes, principalmente nos fins de semana, terá pista de caminhada, novos bancos, câmeras de segurança, Wi-Fi e espaços para instalações artísticas.

As estruturas permitirão a realização de exposições a céu aberto e mais conforto para atividades físicas, piqueniques e apreciação da natureza. Algumas novidades já estão concluídas, como o deck que fica num trecho da margem. Na sexta-feira (30), o famoso lago foi rebatizado com o nome do cientista Peter Brian Medawar (1915-1987), nascido em Petrópolis e vencedor do Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina. Este é o marco da primeira etapa das obras de revitalização, que têm previsão de conclusão até o fim do ano.

Peter Medawar

O biólogo e escritor Peter Brian Medawar nasceu em Petrópolis, em 1915, filho de pai libanês e mãe britânica. Naturalizado britânico, ele estudou zoologia e patologia na Universidade de Oxford, e seguiu uma vida acadêmica bem-sucedida. As pesquisas do cientista foram fundamentais para entender o sistema imunológico humano e os mecanismos de rejeição de tecidos e enxertos.
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Ele conquistou o Prêmio Nobel de 1960 por estabelecer as bases da tolerância imunológica em transplantes de órgãos. Com as pesquisas, obteve informações valiosas sobre mecanismos de rejeição.

Com isso, outros cientistas e médicos puderam criar métodos de transplantes de órgãos e tecidos sem rejeição ou reação do sistema imunológico. Em 1965, Medawar foi agraciado com o título de Sir pela Rainha Elizabeth II

Sesc Quitandinha

O projeto, realizado pelo Sesc, também prevê uma reforma na área interna até 2026, com a criação de um cinema, pista de boliche e espaço de jogos, além de uma praça de alimentação e um mercado gastronômico.

“Estamos escrevendo mais um capítulo importante na história do Centro Cultural Sesc Quitandinha. Além de tornar o entorno do lago uma área ainda mais convidativa, queremos valorizar a identidade do petropolitano dando ao lago o nome de um importante cidadão nascido nessa cidade, com uma enorme contribuição à ciência”, celebra Antonio Florencio, presidente do Sesc RJ.

Cassino luxuoso

Inaugurado em 1944, o Quitandinha foi construído com objetivo de ser o maior e mais luxuoso hotel-cassino da América do Sul. No entanto, dois anos depois, em 1946, o espaço começou a enfrentar dificuldades por conta da proibição no país dos jogos de azar. Com isso, as suítes do hotel foram transformadas em apartamentos para moradias, e o espaço passou a ser mais utilizado para eventos.

A arquitetura tem um estilo neo-normando, que era uma tendência entre os grandes cassinos europeus. Foi decorado com inspiração nos cenários hollywoodianos pela designer de interiores Dorothy Draper, considerada na época uma das maiores do ramo nos Estados Unidos.

No local foi inaugurada a primeira piscina térmica do País. O Sesc assumiu a administração do espaço em 2007, transformando-o no Centro Cultural Sesc Quitandinha.

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