A advogada e ex-BBB Adélia de Jesus Soares foi indiciada, nesta sexta-feira (13), pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa pela Polícia Civil do Distrito Federal.
Adélia faz parte da equipe jurídica que defende a também advogada e influenciadora Deolane Bezerra, presa por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Adélia ficou famosa após participar da edição de 2016 do Big Brother Brasil. Atualmente, a advogada acumula 2,2 milhões de seguidores nas redes sociais e costuma fazer a defesa de diversos influenciadores.
Em uma postagem recente em seu perfil, ela anuncia que sua consultoria pode ensinar como “fazer sorteios e divulgar rifas sem ser preso em 2024”.
De acordo com informações publicadas no site de seu escritório, fundado em 2003, Adélia tem mais de 20 anos de experiência no Direito.
Ela se graduou pela Universidade São Francisco, possui especialização em Direito do Consumidor pelo Mackenzie e mestrado em Direitos Difusos e Coletivos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC).
Ainda conforme as informações, Adélia atuou por 11 anos como coordenadora do Procon e foi também presidente da Comissão de Proteção e Defesa do Consumidor da OAB por três gestões.
Ela também é professora universitária de Direito Civil e Direito do Consumidor, além de presidir atualmente o IDECON (Instituto de Defesa dos Direitos do Consumidor).
A partir de 2015, o escritório de Adélia passou a investir no atendimento a artistas, influencers, youtubers e figuras públicas, principalmente focando em um possível respaldo jurídico para a promoção de jogos digitais e rifas.
Em 2016, durante sua participação no BBB, Adélia foi a sexta eliminada, em um paredão triplo, ao lado de Munik e Ronan.
A advogada tem dois filhos, Vinícius e Alexandre, e é casada com o engenheiro Alexandre Moraes.
Indiciada
Segundo a investigação da Polícia Civil do Distrito Federal, Adélia abriu uma empresa para lavar dinheiro de jogos de apostas e se associou a chineses para enviar quantias volumosas de dinheiro para o exterior. A análise da polícia pelas movimentações financeiras da principal empresa investigada é que o esquema tenha movimentado cerca de R$ 2,5 bilhões, sem anuência do Banco Central.
Segundo a polícia, esse esquema apontado, porém, não tem ligação direta com Deolane Bezerra.
A polícia diz que os elementos da investigação demonstraram que criminosos chineses enviaram emissários ao Brasil para ‘operacionalizar’ cassinos ilegais. Esses chineses abriram diversas empresas de fachada com a cooptação da advogada Adélia Soares. Uma delas, a Anspacepay, de pagamentos.
A PCDF também cita a empresa de pagamentos PlayFlow em nome de Adélia para recebimentos de pagamentos.