Quem é fã de curtir uma boa cerveja gelada com amigos nos fins de semana ou nos dias de folga vai gostar dos resultados de um estudo da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Cientistas concluíram que um pouco de cerveja por dia pode reduzir o risco de ter um AVC (acidente vascular cerebral) ou desenvolver doenças cardiovasculares.
A pesquisa, realizada com 80 mil pessoas, mostrou que o consumo moderado de álcool retarda o declínio natural do colesterol HDL – lipoproteína de alta densidade, chamada também de bom colesterol, porque atua retirando moléculas de gordura do sangue.
De acordo com a nutricionista Carla Nunes, ter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente podem potencializar os efeitos da cerveja no organismo.
“A atuação da cerveja se assemelha muito à da água, desde que não haja nenhuma contraindicação especial”, comenta Carla.
O nutrólogo Denilson Marques ressalta a importância do consumo moderado. “Quando o consumo aumenta, é muito possível que todas essas vantagens desapareçam. O risco de trazer algum dano pode até ficar maior”, destaca Marques.
Duas outras pesquisas, realizadas na Universidade de Harvard, nos EUA, e pela Autônoma de Barcelona, na Espanha, já mostraram que o consumo moderado da cerveja é bom ao coração. O álcool é o responsável pelo benefício do aumento do colesterol bom, que também pode ser obtido com outras bebidas, desde que seja respeitada a quantidade máxima diária de 30 gramas de etanol.
Aumento da gordura no fígado.
“Um dos efeitos colaterais do álcool, quando ingerido em excesso, é o aumento de gordura no fígado, que pode trazer danos cerebrais e circulatórios”, alerta a nutricionista esportiva e fisiologista Andrea Zaccaro de Barros.
Segundo o cardiologista Stephan Lachtermacher, o abuso de álcool ainda provoca uma disfunção no coração chamada miocardiopatia alcoólica. “O importante é o consumo ser moderado e constante. Não adianta beber 12 latas de cerveja no fim de semana para compensar o que não foi bebido nos outros dias”, ressalta.
Andrea explica que o lúpulo e a cevada contidos na cerveja são antioxidantes e, por isso, também ajudam a reduzir os níveis de colesterol ruim no sangue. (AG)