A Paris Fashion Week vai até terça-feira (5) e fecha o calendário dos principais desfiles do mundo da moda. É de onde saem as inspirações para as roupas que vão chegar às lojas nos próximos meses e também para novos estilistas.
A temporada da moda começou em fevereiro em Nova York, nos Estados Unidos, mas esse ano, um jovem talento não pôde marcar presença. Max Alexander tem uma longa lista de espera pelos seus vestidos, que são cobiçados até por estrelas de Hollywood. O motivo da sua ausência? Ele não podia perder uma prova na escola.
Ele tem apenas 7 anos, ainda está aprendendo a escrever, mas desde os 4 anos já opera a máquina de costura como um profissional. É o próprio Max que cria e costura tudo no sótão transformado em ateliê na casa dele, em Los Angeles.
Sherri, mãe do Max, diz que tudo começou do nada: “Foi no meio da pandemia, durante um jantar, que ele virou e disse: ‘eu sou um costureiro. Preciso de um manequim’. Falou muito sério”.
Como estavam todos presos em casa, resolveu apoiar seu interesse. Fez um manequim de papelão e deu para ele algumas fitas que tinha em casa. “E ele começou a fazer um vestido. Foi inacreditável. Arranjei mais tecido e falei: ‘faz outro para eu ver’”.
Para Max, tudo é fonte de inspiração e imaginação. Qualquer material na mão dele vira moda. “Esse vestido eu fiz pra quando alguém entrar na água, porque as pessoas usam roupas muito chatas na piscina. Esse outro é pra quando a noiva acabar de casar e quiser ir para a festa”, contou o menino.
Pedidos cobiçados por estrelas de Hollywood
“Quando comecei a postar as peças que ele costurava, começaram a chegar encomendas, cada vez mais e mais”, conta a mãe de Max. Suas criações logo viralizaram, vieram modelos, ensaios e até um desfile.
“Um dia recebi uma mensagem da Sharon Stone perguntando: ‘como eu faço pra ter uma jaqueta dele?’. Ele não faz ideia quem é Sharon Stone, mas ela foi muito bacana” , afirma ela.
As peças variam de preço, e a mãe explica que tudo que ele ganha é dividido em quatro partes. Uma é doada, outra usada para comprar mais tecidos. E o restante é pra ele investir – e poupar.
As asas são os acessórios preferidos dele: no ombro, nas costas e na própria roupa, que é ele mesmo quem faz. “Eu não gosto de usar roupa feita pelos outros. É estranho”, disse Max.