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Armando Burd Quem explica?

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Com a desincompatibilização do engenheiro Ricardo Barros (D) para concorrer à reeleição de deputado federal, assumirá o Ministério da Saúde o advogado Gilberto Occhi (E). (Fotos: Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Sai um engenheiro e entra um advogado. Não é para nenhum cargo na área jurídica ou de transportes. Com a desincompatibilização do engenheiro Ricardo Barros, para concorrer à reeleição de deputado federal, assumirá o Ministério da Saúde o advogado Gilberto Occhi.

O futuro titular foi ministro das Cidades e da Integração Nacional, além de presidente da Caixa Econômica Federal, onde fez carreira.

Sem conhecer o setor, será manipulado por tecnocratas. Todo o indicado para a Saúde deveria, no mínimo, comprovar que sabe aplicar uma injeção. O governo, porém, gosta de errar na receita.

Inigualável

O ex-presidente Lula discursou ontem à noite, em Curitiba, para uma massa que delirou. Além de atacar os que o condenaram, pediu que guardem os foguetes para a festa de sua posse a 1º de janeiro. Isso é que é autoconfiança.

Contradição

A entrada da senadora Kátia Abreu no PDT faz lembrar frase do Cardeal de Retz, que viveu na França de 1613 a 1679: “Nos partidos, custa-se mais a conviver com os que deles fazem parte do que a agir contra os lhe são opostos.”

Há pressa

O governo do Estado entregou em Brasília o plano de dragagem do canal que liga o porto de Rio Grande ao mar. Agora, enfrentará a burocracia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.

Se demorar muito, a exportação sofrerá fortes prejuízos.

Caindo

Nove em cada dez especialistas no mercado financeiro afirmam que, em maio, a taxa básica de juros cairá para 6,25 por cento ao ano. Em março de 2017, estava em 12,15 por cento.

É muito dinheiro

O placar eletrônico Jurômetro chega hoje a 80 bilhões de reais. Valor pago para rolar a dívida do governo federal desde 1º de janeiro deste ano. Mesmo assim, a máquina de fazer empréstimo e emitir títulos não para de funcionar.

Gostam de teoria

Deu no site: “A Câmara dos Deputados lançará livro sobre segurança pública na terça-feira.”

Parlamentares ficam presos a textos e discursos. De prático, para enfrentar o gravíssimo problema, quase nada.

Infindável

O Senado ouviu ontem especialistas que criticaram a burocracia para funcionamento das empresas no País. Deve ser a trigésima vez. Não conseguem dar fim à novela, cujo enredo traz prejuízos incalculáveis.

Para voltar à civilização

Vai surgir um corajoso, propondo adeus às armas durante a campanha eleitoral.

Há motivo

Aumentam as concessões de prisões domiciliares para políticos condenados. Quem decide deve imaginar que não há problema: todas as casas são gradeadas…

O impossível acontece

Alegando profundo descontentamento com a Assembleia Nacional Constituinte, Joany de Souza, baiano de 26 anos, enganou a segurança e passou a noite de 29 de março de 1988 revirando o plenário da Câmara e arrombando armários de uma CPI que apurava caso de corrupção. Preso ao amanhecer, declarou que procurava documentos sobre energia nuclear.

Merenda a menos

Levantamento em dez estados mostra que as fraudes no Programa Nacional de Alimentação Escolar atingiram 608 milhões de reais. O orçamento total é de 3 bilhões e 400 milhões de reais.

Qual a pena que merecem os criminosos?

Tradição de hospitalidade

A 29 de março de 1938, o ministro das Relações Exteriores, Osvaldo Aranha, respondeu consulta do governo norte-americano, comunicando que concordava em dar asilo aos perseguidos políticos da Áustria e da Alemanha. Acrescentou que a intenção brasileira era em benefício da causa humana e seria dada a eles toda a assistência.

Mau caminho

Manual de certos partidos recomenda aos candidatos de primeira viagem: no dicionário, não há uma só palavra com único significado.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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