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Quem pode tocar a taça da Copa? Entenda a polêmica em torno de celebridades e familiares de jogadores

Apenas quem conquistou a Copa do Mundo e chefes de Estado podem tocar no troféu sem a utilização de luvas. (Foto: Reprodução/Twitter)

A festa de comemoração da Argentina pela conquista da Copa do Mundo 2022 gerou polêmica. Familiares dos jogadores, ex-atletas como Agüero e celebridades como o chef badalado Salt Bae, do famoso bife de ouro de Doha, tocaram a taça do Mundial. Mas, afinal, eles podem tocar no troféu mais importante do planeta?

A resposta, tecnicamente, é não. Apenas quem conquistou a Copa do Mundo e chefes de Estado podem tocar no troféu sem a utilização de luvas.

Nesse sentido, o protocolo formal foi quebrado desde domingo, com o próprio presidente da Fifa, Gianni Infantino, colocando as mãos no objeto para entregar a Messi. Ele tinha de estar com luvas. A quebra das regras se estendeu ao gramado com ex-jogadores e familiares dos atletas pegando na taça e beijando-a.

A regra da Fifa para o troféu da Copa do Mundo é clara: segundo a entidade, o troféu original da Copa do Mundo só pode ser tocado e segurado por quem já foi campeão e por chefes de Estado. Ela tem uma caixa personalizada da Louis Vuitton, com a qual viaja e circula entre os Mundiais.

O troféu original permanece em posse da Fifa; o campeão recebe a peça temporariamente. Depois, fica com uma réplica de forma permanente.

Sendo assim, é possível que a Fifa tenha trocado a peça e entregue uma réplica para os jogadores da Argentina. Depois de Lionel Messi erguer a taça original da Copa do Mundo, a entidade máxima do futebol pode ter guardado a peça principal.

Engana-se quem pensa que o destino do troféu será a Argentina. O item já tem passagem garantida para Padermo Dugnano, em Milão, na Itália.

O destino, no entanto, não é surpresa, mas sim tradição. Desde 1974, a cada quatro anos, após a coroação da seleção campeã, o troféu vai para a sede da empresa – atualmente é a GDE Bertoni – receber o nome e ano do país vencedor do Mundial.

A empresa também fará reparos no objeto. As duas faixas verdes, que são, na verdade, feitas de pedra malaquita, serão trocadas. O item também é polido e limpo.

Após todo o processo, a taça original, feita de ouro 18 quilates, não vai para a Argentina. Depois da viagem para a Itália, irá para Zurique, na Suiça, onde fica a sede da Fifa. Lá ficará guardada até o próximo campeonato.

A seleção de Messi não fica sem a lembrança do tricampeonato. A Argentina receberá uma réplica feita de liga maciça de zinco e três camadas de ouro. A entrega acontece no momento em que a taça original for encaminhada para a Itália.

A taça utilizada até hoje não é a primeira da história das Copas. De 1930 até 1970, os campeões erguiam a Taça Jules Rimet – que tem nome do seu criador. Na época, os vencedores também não ficavam com o objeto. Porém, depois de um acordo estabelecer que a primeira seleção a alcançar tricampeonato teria sua posse, o Brasil se tornou guardião do antigo troféu.

O atual troféu foi utilizado pela primeira vez em 1974. Desde então o objeto é devolvido para a empresa responsável por sua restauração e, em seguida, segue para a sede da Fifa, na Suíça. Já o vencedor da competição recebe uma réplica. Toda a operação é feita sob sigilo por motivos de segurança. As informações são do jornal O Globo.

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