Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2024
Ao longo de seis décadas de carreira na TV, Silvio Santos popularizou um grande número de jargões que saíram de seus programas de auditório para a linguagem popular. Recorde algumas dessas expressões icônicas e suas curiosidades.
“Quem quer dinheiro?”
Um dos jargões mais conhecidos e problematizados de Silvio Santos, era usado enquanto ele circulava pelo auditório atirando à plateia aviõezinhos confeccionados com cédulas de dinheiro. A frase era usada com mais frequência, durante o quadro “Topa tudo por dinheiro”, onde anônimos se arriscavam a realizar desafios em troca de prêmios. Enquanto os aviões voavam, suas “colegas de trabalho” se esforçavam para alcançá-los.
“Meus colegas e minhas colegas de trabalho”
Ainda que a plateia de seus programas fosse 100% feminina, Silvio Santos sempre se referia aos dois gêneros para saudar o seu público com o termo “colegas de trabalho”, que acabou se tornando uma expressão popular para se referir a qualquer plateia.
“Mas quem é que eu vou chamar?”
Essa frase era dita enquanto Silvio vasculhava o auditório em busca de participantes para os quadros. Quando elegia um entre as centenas de braços que se balançavam, Silvio então vinha com um bordão relacionado, dito enquanto a pessoa descia o corredor para falar ao microfone: “Vem pra cá, vem pra cá”. E aí, quando a participação em algum quadro não era bem sucedida, vinha o clássico: “Sai pra lá, sai pra lá”.
“Está certo disso?”
Um clássico da virada do milênio, este jargão era dito por Silvio Santos quando um convidado respondia a uma das questões de múltipla escolha no programa “Show do milhão” (depois relançado por Luciano Huck como “Quem quer ser um milionário?”). A frase muitas vezes deixava uma pulga atrás da orelha da pessoa, que mudava de alternativa.
“Pedir ajuda aos universitários”
No mesmo “Show do milhão” havia a opção do participante recorrer ao auxílio a um grupo de estudantes universitários para responder a uma pergunta. A expressão “pedir ajuda aos universitários” acabou virando sinônimo de uma situação em que alguém fala com um especialista ou simplesmente entenda mais de determinado assunto.
“Qual é a música?”
Era o nome do programa em que músicos tinham de adivinhar uma canção de sucesso a partir de algumas notas do hit. Findos os palpites, Silvio Santos pedia para o maquiado Pablo (mais tarde, Ellen Roche, despontando para o estrelato) resolverem o mistério ao dublarem um trecho da canção.
“É namoro ou amizade?”
Frase que vinha ao final do programa “Namoro na TV”, em que casais de recém-apresentados participavam de provas e dinâmicas a fim de se conhecer melhor. No encerramento, Silvio Santos perguntava para os dois “Namoro ou amizade?”. “Namoro” significava que os dois concordavam em continuar se encontrando. “Amizade” decretava ali mesmo no palco o fim do relacionamento.
“Bem bolado, bem bolado”
O “Programa Silvio Santos” tinha o quadro “Pegadinhas”, em que incautos transeuntes eram vítimas de situações falsas e constrangedoras registradas por câmeras escondidas nas ruas de grandes cidades brasileiras. Muitas vezes, na falta do que comentar sobre as populares (e muitas vezes infames) “troladas”, Silvio reconhecia sua engenhosidade com um automático: “Bem bolado, bem bolado”.
“Róóóóque!”
Assim Silvio chamava Gonçalo Roque, seu assistente de palco no “Programa Silvio Santos”. Roque era acionado para fazer todo o tipo de tarefa, desde trazer objetos de cena até organizar participantes.
“É com você Lombardi”
Em vários programas, Silvio convocava o locutor Luiz Lombardi Netto para anunciar a lista de prêmios que algum calouro ou felizardo beneficiado com prendas do Baú da Felicidade ganharia. Havia uma curiosidade em torno do fato de Lombardi nunca aparecer na tela. O público conhecia apenas sua voz aveludada.