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Geral Quem substituiria o Papa Francisco se ele permanecesse hospitalizado na Páscoa? Entenda

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A condição do Papa Francisco está "estável" e apresenta uma "melhora gradual e leve", disse o Vaticano. (Foto: Reprodução)

A condição do Papa Francisco está “estável” e apresenta uma “melhora gradual e leve”, disse o Vaticano. O Pontífice está internado no Hospital Gemelli, em Roma, desde 14 de fevereiro com um quadro de bronquite que evoluiu para uma pneumonia grave.

“A condição clínica do Santo Padre nos últimos dias tem se mantido estável e, consequentemente, mostra uma boa resposta ao tratamento. Portanto, há uma melhora gradual e leve. O Santo Padre permaneceu sempre sem febre”, diz o último boletim médico divulgado pela Santa Sé.

À agência de notícias AFP, uma fonte disse, nesse domingo (9), que “os médicos confirmaram que a situação é a mesma de ontem”. No fim do sábado, o Vaticano afirmou ainda que “a troca gasosa melhorou”, e que “os exames hematoquímicos e hemogramas estão estáveis”.

Com a aproximação da Semana Santa, um dos maiores eventos para o catolicismo, os fiéis se perguntam: quem dirigirá as celebrações se Francisco continuar hospitalizado?

Segundo uma fonte consultada do Escritório de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, o próprio Papa é quem está decidindo quem dirigirá as celebrações.

“Ele escolhe conforme a importância de cada evento e, seguramente, será assim para a Semana Santa”, contou ao jornal El Tiempo o presbítero Nicolás Garzón, pároco em Santa Bárbara e Delegado Arcebispal para o Patrimônio da Arquidiocese de Bogotá, que conversou com a fonte.

Embora faltem mais de 30 dias para a Semana Santa, a situação, de acordo com os mais prudentes boletins médicos, é imprevisível. Nestes dias de internação, a saúde do Pontífice teve altos e baixos, desde “pequenas melhoras” a quatro duras crises em pouco tempo: uma respiratória com asma, no dia 22 de fevereiro, outra por broncoespasmo, no dia 28 e insuficiências respiratórias e acúmulo de mucosa na segunda-feira da semana passada.

Na semana passada, Francisco retomou suas atividades. Na manhã de quinta-feira, voltou a ligar para Gabriel Romanelli, o pároco argentino da única igreja católica da Faixa de Gaza. Além disso, o Pontífice abençoou as cinzas para a Quarta-feira de Cinzas e as recebeu em sua cabeça durante a Eucaristia, informou o Vaticano.

No contexto dessa celebração, o Papa foi substituído pelo cardeal Angelo de Donatis, atual Penitenciário-Mor, na tradicional procissão no Aventino e na missa de início da Quaresma na Basílica de Santa Sabina. Quando chegou o momento da homilia, de Donatis enviou uma mensagem dirigida ao Papa, na qual afirmou que a Igreja está profundamente unida ao Pontífice neste momento crucial:

“Nos sentimos profundamente unidos a ele neste momento e lhe agradecemos pelo oferecimento de suas orações e seu sofrimento pelo bem da Igreja e de todo o mundo”, afirmou.

No Vaticano, há uma crescente preocupação com a aproximação de uma Semana Santa com um Pontífice ausente, cenário que já aconteceu com São João Paulo II (1978-2005) em sua última Páscoa, em 2005, quando já estava muito debilitado devido ao implacável avanço do mal de Parkinson.

“Ninguém pode descer da cruz de Cristo. Nunca. Isso nos ensina São João Paulo II, que não o fez nem mesmo após o atentado de 1981, e muito menos 24 anos depois, quando a doença o obrigou a ficar na cama até o fim, sem voz, sem poder falar, sem forças, servindo à Igreja com o coração, com o espírito e a mente lúcidos”, recordou o cardeal Stanisław Dziwisz, arcebispo emérito de Cracóvia, de 85 anos, em uma entrevista ao jornal italiano La Repubblica.

À época, João Paulo II acompanhou as celebrações pela TV de seu apartamento no Vaticano, incapacitado devido a uma traqueostomia. O cardeal itailano Giovanni Battista Re, um dos principais do Vaticano, presidiu o primeiro dos dois rituais da Quinta-feira Santa. Já a cerimônia do Lava-pés foi realizada pelo cardeal colombiano Alfonso López Trujillo.

João Paulo II deu a bênção “Urbi et Orbi” (à cidade e ao mundo) no Domingo de Páscoa em silêncio, da janela de seu quarto, apesar de todos os seus esforços para pronunciar as palavras da fórmula trinitária latina.

Dziwisz, que foi secretário privado de Karol Wojtyla por quase 40 anos acredita que o cenário se repetirá:

“Estou seguro de que o Papa Francisco fará o mesmo, por cuja recuperação todos estão rezando: ele guiará a Igreja até que Deus queira, mantendo-se firmemente abraçado à cruz, sem dar um passo atrás”, disse ao meio argentino.

Dziwisz acrescenta que Francisco mostra uma “força inabalável de serviço, mas sabe as obrigações do pontificado. Questionado sobre as versões de renúncia caso a saúde de Francisco piore, o cardeal foi enfático:

“São João Paulo II, além das vozes que circulavam há 20 anos dentro e fora do Vaticano, serviu à Igreja até o fim de seu quarto no Palácio Apostólico. O mesmo está fazendo o Papa Francisco. Queremos acreditar que ele nunca se renderá: como Wojtyla, Bergoglio também sabe que a cruz de Cristo nunca deve ser abandonada e que tudo está nas mãos do Senhor. E ele está nos mostrando isso com uma força maravilhosa e uma vontade inacabável de servir. Não podemos fazer outra coisa senão agradecer, porque não só a Igreja, mas todo o mundo precisa dele.” As informações são do jornal El Tiempo e da agência de notícias AFP.

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https://www.osul.com.br/quem-substituiria-o-papa-francisco-se-ele-permanecesse-hospitalizado-na-pascoa-entenda/ Quem substituiria o Papa Francisco se ele permanecesse hospitalizado na Páscoa? Entenda 2025-03-09
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