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Política “Queremos saber quem financiava os acampamentos”, diz Lula sobre operação da Polícia Federal contra aliados de Bolsonaro

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"As pessoas precisam aprender que eleição democrática a gente perde e ganha. Quando a gente perde, a gente lamenta. Quando ganha, a gente toma posse e governa o País", disse Lula.

Foto: Agência Brasil
Presidente deu declaração ao enviar projeto que trata de motoristas. (Foto: Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a democracia após a operação da Polícia Federal (PF), deflagrada da manhã desta quinta-feira (8), contra Jair Bolsonaro e aliados do ex-presidente. Entre os alvos, estão Braga Netto, Augusto Heleno e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

“Queremos saber quem financiava aqueles acampamentos para que a gente nunca mais permita o ato que aconteceu no dia 8 de janeiro. As pessoas precisam aprender que eleição democrática a gente perde e ganha. Quando a gente perde, a gente lamenta. Quando ganha, a gente toma posse e governa o País”, disse Lula em entrevista à rádio Itatiaia, de Belo Horizonte (MG).

As medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ocorreram nos Estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em apoio às equipes da PF.

Embora tenha sigo cauteloso sobre o andamento das investigações, que ocorre em sigilo, Lula sugeriu que o ex-presidente Bolsonaro foi a cabeça pensante de toda ação antidemocrática.

“Ele [Bolsonaro] deve ter participado da construção dessa tentativa de golpe. Vamos esperar as investigações. Espero que no tempo mais rápido possível a gente possa ter um resultado do que verdadeiramente ocorreu no Brasil”.

“Obviamente que tem muita gente envolvida, tem muita gente que vai ser investigada porque o dado concreto é que houve uma tentativa de golpe”, acrescentou Lula.

Na operação, Filipe Martins (ex-assessor especial de Bolsonaro), o coronel do Exército Marcelo Câmara (ex-ajudante de ordens do ex-presidente), o major do Exército Rafael Martins de Oliveira e Bernardo Romão foram presos.

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso também, mas por porte ilegal de arma, em Brasília. Ele era um dos alvos de busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis. A sede do PL, alvo de buscas, fica no Brasil 21. Valdemar mora nesse mesmo prédio.

Integrantes da PF afirmam que a delação vem produzindo resultados há alguns meses. A nova operação intitulada Tempus Vetitaris, que na tradução literal significa Hora da Verdade, seria o maior resultado obtido até agora.

Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

 

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