Terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de janeiro de 2020
O presidente Jair Bolsonaro aproveitou a manhã deste 1º de janeiro para cumprimentar apoiadores que o aguardavam na portaria do Palácio da Alvorada. Questionado por jornalistas se conversaria com a imprensa, o presidente negou e disse que gostaria de “começar bem o ano”.
Bolsonaro passou o Ano Novo no Alvorada, após retornar antecipadamente da Bahia, para onde viajou na sexta-feira (27). A previsão era de que ele ficasse na Base Naval de Aratu até o dia 5 de janeiro, mas o presidente decidiu voltar a Brasília para ficar com a família no Réveillon.
Em mensagem publicada no Twitter logo após a virada do ano, Bolsonaro afirmou que estará “trabalhando noite e dia, para mudar o destino” do País.
“Que o Brasil possa continuar seguindo o caminho da prosperidade e que este seja um ano tão vitorioso para o povo brasileiro quanto foi 2019. Estaremos, juntos, trabalhando noite e dia, para mudar o destino de nossa nação.- A TODOS UM FELIZ E ABENÇOADO 2020!”, escreveu o presidente.
Em outra postagem, no Facebook, Bolsonaro disse que 2019 foi um “grande ano” e publicou uma foto de sua mãe, Olinda, afirmando que ela está “confiante” para 2020.
Antes de romper o ano, o presidente assinou uma medida provisória (MP) que fixou o salário mínimo em R$ 1.039 para 2020, valor que já está valendo.
Apoio à democracia
Após o primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, caiu o apoio à democracia como melhor forma de governo, aponta pesquisa Datafolha publicada no jornal Folha de S. Paulo.
Para 62% dos entrevistados, a democracia é sempre melhor que qualquer outra forma de governo. No levantamento anterior, realizado na semana do primeiro turno das eleições de outubro de 2018, esse índice era de 69%.
Cresceu de 13% para 22% a parcela da população para quem tanto faz se o governo é uma democracia ou uma ditadura. Permaneceu estável em 12% a fatia de entrevistados que diz ser preferível uma ditadura em certas circunstâncias.
A pesquisa também mostra que, 51 anos após sua edição, o Ato Institucional nº 5, que deu início ao período de maior repressão da ditadura militar, é desconhecido por 65% da população brasileira, enquanto 35% dizem já ter ouvido falar do ato.
O índice de conhecimento do AI-5 aumentou em relação à última pesquisa Datafolha que trouxe a pergunta, em novembro de 2008. Naquela época, 82% afirmaram nunca ter ouvido falar do ato, enquanto 18% o conheciam.
O Datafolha ouviu 2.948 pessoas nos dias 5 e 6 de dezembro, em 176 municípios de todo o País. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
No início de dezembro, pesquisa exclusiva VEJA/FSB revelou que a grande maioria do País não compactua com a recaída autoritária. Foram ouvidos por telefone 2 mil eleitores de 26 Estados e do Distrito Federal entre 29 de novembro e 2 de dezembro. Quase 80% dos entrevistados afirmaram acreditar que a democracia é sempre, ou na maior parte das vezes, o melhor sistema de governo. Apenas 10% apontaram a ditadura como uma alternativa ideal.