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Notícias Posse do novo ministro das Comunicações está ameaçada

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Novo ministro publicou mensagem em rede social para negar decisão (Foto: União Brasil)

A disputa aberta no União Brasil desde a demissão do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, ganhou contornos de batalha campal. Menos de 24 horas depois de ter sido anunciado como sucessor de Juscelino, o líder do partido na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), divulgou uma nota dizendo que ainda precisa consultar a bancada de deputados sobre o convite.

O comunicado pegou de surpresa a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. No dia anterior, ela havia participado de uma reunião no Palácio da Alvorada na qual Pedro Lucas tinha aceitado o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Uma ala do União Brasil, porém, não apenas desaprovou a entrada de Pedro Lucas na equipe de Lula, alegando que o partido precisa desembarcar do governo, como se rebelou contra o “pacote” apresentado. O “combo” prevê Juscelino como líder da bancada na Câmara.

“Não tomarei nenhuma decisão sem antes ouvir os deputados e deputadas que confiam no meu trabalho e com quem compartilho, diariamente, a construção de uma agenda em defesa do País”, afirmou Pedro Lucas nas redes sociais.

Articulador

O pano de fundo dessa nota é o racha no partido. Nos bastidores, houve críticas à atuação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que negociou o acordo com o governo em nome da bancada na Câmara. Alcolumbre estava presente na reunião do Alvorada com Lula, Gleisi, Juscelino e Pedro Lucas.

“Nós não discutimos nada sobre liderança na Câmara. Isso compete ao partido, e não ao governo”, disse Gleisi.

O Palácio do Planalto aposta agora na influência de Alcolumbre para resolver o impasse. O senador agiu rápido para emplacar um novo indicado no Ministério das Comunicações com receio da cobiça de outros partidos. A vaga fez crescer os olhos do PSD, que também reivindica Turismo, outra pasta comandada pelo União Brasil.

O que mais irritou deputados do partido, porém, foi o fato de Alcolumbre atuar para que Juscelino, reassumindo agora o mandato de deputado federal, fique no lugar de Pedro Lucas como líder da bancada. Os dois são adversários políticos.

Juscelino foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), na terça-feira, sob acusação de desviar recursos de emendas parlamentares. O caso foi revelado pelo Estadão em uma série de reportagens publicadas em 2023.

Votos

Desde que entregou o cargo, naquele mesmo dia, o ex-ministro começou a pedir votos aos colegas para se tornar líder da bancada. A estratégia foi traçada por Alcolumbre, sob o argumento de que Juscelino não poderia voltar para a planície abandonado pelo partido.

O problema é que o grupo do presidente do União Brasil, Antônio Rueda, vetou a entrada de Juscelino na liderança da sigla. Um integrante desse grupo disse ao Estadão, sob reserva, que a situação está complicada porque, se Juscelino não serve para ser ministro, também não pode comandar a bancada na Câmara. A tendência, aliás, é que ele vire réu quando for julgado pelo STF.

Há outros candidatos à cadeira de líder, como os deputados Mendonça Filho (PE) – para quem o partido deve se afastar de Lula –, Moses Rodrigues (CE) e Damião Feliciano (PB).

Liderança

O União Brasil comanda três ministérios: além de ter negociado o controle de Comunicações e Turismo quando Lula foi eleito, em 2022, Alcolumbre também emplacou um aliado em Integração e Desenvolvimento Regional. O titular da pasta é Waldez Góes, ex-governador do Amapá que era do PDT e só agora vai se filiar ao União Brasil para concorrer ao Senado, em 2026.

Dividido, o partido do Centrão abriga um núcleo que quer apoiar um candidato indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2026, outro que pretende fechar aliança com Lula e um terceiro que defende a adesão a uma futura campanha presidencial do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Com informações do jornal O Estado de S. Paulo

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