Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Flavio Pereira | 21 de novembro de 2020
O episódio inaceitável de violência ocorrido na noite de quinta-feira em uma loja do Carrefour, em Porto Alegre, gerou uma justificada onde de protestos no Brasil e no exterior. O brutal espancamento por seguranças, que levou à morte um homem. A combinação de dois fatos: a vítima ser um homem negro, e o calendário indicar ontem o Dia da Consciência Negra, justificadamente reacendeu o debate em torno do racismo e das desigualdades no País e no mundo.
Mourão na fogueira
O vice-presidente Hamilton Mourão pagou o preço por não ter respondido como os jornalistas desejavam. Em um ambiente de justificada emoção, jornalistas queriam ouvir de Mourão a sentença de que o Brasil é um país racista.
O vice-presidente, equilibrado, em meio a um ambiente de forte comoção, explicou que viu no episódio, dois pontos: o despreparo dos seguranças do supermercado, e uma violência lamentável e desmedida contra um cidadão. Para ele, o que existe no Brasil, é uma flagrante desigualdade que atinge homens e mulheres negros.
Imprensa funerária tenta criar pânico do Covid-19
Porto Alegre vive a menor taxa de internação em UTIs por Covid19 em dois meses. Os dados atualizados da capital gaúcha para o Covid-19 indicam que 80% dos leitos de UTIs do sistema hospitalar de Porto Alegre estão ocupados. Um detalhe importante: destas vagas ocupadas em UTIs, apenas 35% delas são de pacientes infectados pelo coronavírus.
Com base nestes dados, imagina-se que deve existir alguma razão ideológica ou comercial, que estimula a imprensa funerária a criar um ambiente artificial de pânico na capital gaúcha.
Ataque de hackers aos tribunais
A virulência das invasões hacker aos tribunais superiores é impressionante. Depois do STJ, foi a vez do TSE ser atacado nos últimos dias. No sistema informatizado do Superior Tribunal de Justiça, soube-se agora, dados e informações de alunos, na maior parte advogados, que realizam cursos online na Corte, sumiram. Sem estes dados, o STJ não consegue emitir os certificados aos alunos.
No TSE, o presidente Luis Roberto Barroso jura que os ataques hacker foram “políticos” e não afetam o processamento das eleições.
Aprovação de Bolsonaro é a mais alta em quase 2 anos
Num momento em que a popularidade do presidente Jair Bolsonaro chegou a ser questionada, pelo fato dele não ter transferido sob a forma de votos o seu prestígio a diversos candidatos a prefeito, a última pesquisa Exame/Idéia diz o contrário: a aprovação do presidente Jair Bolsonaro está em 41%, o mais alto patamar desde fevereiro de 2019.
A desaprovação diminuiu, passando de 34% para 31%. Aqueles que nem aprovam nem desaprovam somam 27%.
A última vez que a aprovação ficou acima de 40% foi em fevereiro de 2019. Desde o mês passado, a desaprovação diminuiu, passando de 34% para 31%
Recuo do ministro Alexandre Moraes
O ministro do STF Alexandre de Moraes, que comanda o prosaico Inquérito das Fake News (INQ 4781), havia convocado o jornalista Osvaldo Eustáquio, que, embora não tenha sido condenado, cumpre prisão domiciliar com uso tornozeleira, a apresentar-se em seu gabinete ontem às 14 horas.
Segundo o jornalista, “o ministro recuou e minutos antes de ficar frente a frente comigo no STF desistiu. Ele foi pressionado pelos outros ministros que temiam uma manifestação popular. Ele oficiou a desistência às 14:01, um minuto depois da hora prevista e irritou outros ministros”.
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