Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 26 de fevereiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os jornalistas que acompanharam a entrevista coletiva do secretário da Fazenda, Giovani Feltes, na tarde desta sexta-feira, tiveram a impressão, ao final, de sair de uma sala de compressão.
Os dados estarrecem e resultam de uma bola de neve que se acumulou por décadas e agora desce a ladeira.
1) Este mês, a receita de tributos é de 1 bilhão e 502 milhões de reais.
Desse total, a elevação da alíquota do ICMS significou 119 milhões de reais.
O governo talvez nem devesse aumentar. Não sofreria desgaste e empurraria o valor a menos com a barriga.
2) A contabilidade do Estado chega ao final de fevereiro com déficit de 870 milhões de reais, somando 270 milhões da dívida com a União e 600 milhões que deixará de pagar em repasses e a fornecedores.
3) O empréstimo bancário para honrar o 13º salário do funcionalismo público de 2015 custará 200 milhões de reais de juros.
4) O déficit das contas este ano será de 4 bilhões e 300 milhões de reais.
5) Só em fevereiro, o governo do Estado desembolsará 92 milhões de reais com juros dos depósitos judiciais que sacou.
6) Os pagamentos de sequestros de RPV’s mais medicamentos atingem este mês 65 milhões de reais.
A FILA É GRANDE
O Governo do Estado bateu no fundo do poço, se não for falso.
Porém, o Rio Grande do Sul não está só. Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, entre outros estados, enfrentam imensas dificuldades financeiras. Some-se ainda a crise do governo federal.
O exemplo de Minas: o déficit este ano atingirá 11 bilhões de reais, tendo receita de 83 bilhões. São 30 bilhões a mais do que o Rio Grande do Sul arrecadará.
O poder público faliu pelo acúmulo de erros. Para tirar dessa situação, o preço será alto e sabemos do bolso de quem sairá.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.