Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de agosto de 2016
Medalhista de ouro na Rio-2016, a judoca carioca Rafaela Silva quase desistiu do judô por conta de ofensas racistas sofridas logo após sua eliminação na primeira luta da Olimpíada de Londres-2012.
Após perder para a húngara Hedvig Karakas na primeira luta da competição, Rafaela buscou apoio na torcida pela internet. Encontrou ofensas raciais.
“Parece que é besteira para os outros, mas ela quase parou. Fez o maior esforço para representar o país. Quando vai entrar na internet para ver se tem algum apoio, só vê gente chamando de macaca. Ficou desanimada”, disse o pai da judoca, Luiz Carlos do Rosário Silva, 50.
Ela respondeu, discutiu com torcedores, e acabou sendo advertida pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil), que também criticou as ofensas raciais.
A CBJ (Confederação Brasileira de Judô) teve de fazer uma espécie de operação, com apoio de Bernardes e psicólogos, para recuperar a atleta.
O reerguimento não poderia ter sido melhor. Ela se tornou a primeira brasileira campeã mundial, no Rio, em 2013.
Após a conquista, ela teve um ciclo olímpico instável. Ficou em 5º lugar no Mundial seguinte e não participou dos demais. (Folhapress)