Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2016
Em meio às críticas da polícia espanhola, que acusa as autoridades brasileiras de demorarem a colaborar com as investigações, especialistas avaliam que o jovem acusado de assassinar uma família brasileira no país europeu deve ser processado e julgado no Brasil.
François Patrick Nogueira Gouveia, de 20 anos, é suspeito de matar e esquartejar o tio Marcos Nogueira, a mulher dele, Janaína Santos Américo, ambos de 30 anos, e os dois filhos do casal, um de 4 anos e outro de 1 ano, em Pioz, na Espanha. Ele voltou para o Brasil após o crime.
Autoridades policiais e judiciárias espanholas já lamentaram o fato de que ele não poderá ser extraditado para enfrentar o julgamento na Espanha, onde a chacina ocorreu. Elas reconhecem que a Constituição brasileira impede que o suspeito possa ser extraditado, mas reforçam a necessidade de que ele seja preso e julgado no Brasil.
A Guarda Civil, órgão espanhol responsável pelo inquérito, afirmou na quarta-feira (06) que não tem dúvidas da autoria das mortes e lamentou a “falta de colaboração” das autoridades brasileiras nas investigações do crime, que chocou o país europeu.
Uma fonte oficial da Guarda Civil reafirmou nesta quinta-feira que “a polícia brasileira não está ajudando em nada”. Serafín Giraldo, porta-voz da UFP (União Federal de Polícia), sindicato que representa os policiais espanhóis, afirma que a Espanha espera a captura e detenção do suspeito no Brasil.
A Polícia Federal do Brasil divulgou uma nota na qual afirma ter cooperado com as autoridades policiais espanholas, mas reitera que a Constituição veda a extradição de brasileiros. (AG)