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Raquel x Gilmar

A titular da PGR tenta anular habeas corpus concedidos pelo ministro do Supremo. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal ignorou, até agora, os pedidos da procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, para anulação de habeas corpus concedidos pelo ministro Gilmar Mendes. Já faz mais de três meses, por exemplo, que ela protocolou no STF um recurso contra a decisão do ministro que libertou Paulo Vieria de Souza, o “Paulo Preto”, apontado como operador de propinas do PSDB.

Na semana passada, a insistente titular da PGR pediu a revogação do habeas concedido por Gilmar ao ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB). Raquel solicitou que o ministro do STF reconsidere suas decisões – o que é improvável – ou envie os casos para o plenário da Corte.

Grades & urna

O ex-prefeito de Uberlândia (MG) Gilmar Machado (PT) toca de trás das grades a sua campanha para deputado federal. Mesmo assim, conseguiu R$ 475 mil do diretório do partido.

Lotação

Machado foi preso na semana passada pela Operação “Quilômetros de Vantagem”, que apura o envolvimento dele em irregularidades em licitações de vans na cidade mineira em 2014.

Na ferida

O primeiro programa de TV de Jair Bolsonaro em um eventual avanço dele ao segundo turno será a íntegra do vídeo em que briga com a deputada Maria do Rosário (PT). Ele reclama que só parte do vídeo aparece nas redes e TV. O presidenciável do PSL diz que ela o xingou primeiro.

Aliás…

… Bolsonaro, que na semana que vem já deve estar em casa, está sem verba e sem marqueteiro para os dez longos minutos de TV que pode ter em um eventual segundo turno.

Propaganda é tudo

Na contramão dos discursos que pregam a redução de gastos, deputados federais que concorrem à reeleição não fizeram o menor esforço para aprovar na Câmara uma proposta que põe fim à propaganda político-partidária gratuita no rádio e televisão.

Olha a internet!

Neste ano, o horário eleitoral terá um custo de mais de R$ 1 bilhão. A proposta (PL 6673) foi apresentada pelo deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) em 2016 e permanece esquecida na Comissão de Constituição e Justiça da Casa. O tucano sustenta que a evolução tecnológica e dos meios de comunicação “proporciona, sem custos relevantes a todos os partidos e cidadãos, a veiculação de suas ideias e promoção de debates políticos”.

Bolsonaro x Haddad

Com a iminente migração da maioria dos partidos do “Centrão” para um apoio ao petista Fernando Haddad – há rachas internos na ala pró-Bolsonaro do bloco – o ex-capitão usará o mesmo tom adotado nas críticas a Geraldo Alckmin (PSDB) na época em que PP, DEM, Solidariedade e PRB anunciaram apoio ao tucano.

Memória

Um mês antes do início da campanha, Bolsonaro disse que Alckmin havia reunido ao lado dele “a nata de tudo que não presta no Brasil”. O presidenciável do PSL também é aconselhado a dizer que esses partidos integraram a base aliada dos governos de Lula e Dilma para carimbar o eventual governo de Haddad de “retrocesso”.

“Semancol”

Vale lembrar a Bolsonaro que a sua frente suprapartidária de apoio de 110 deputados federais tem muita gente do “Centrão”.

Visão de Lula

Haddad concentra a campanha nas Regiões Sul e Sudeste porque, para ele e Lula, há segurança de que o “Barba” consegue transferir em peso os seus votos do Nordeste para o candidato.

Institutos federais com PT

Educadores dos Institutos Federais entregarão um manifesto de apoio à candidatura de Haddad, durante a passagem do petista por Porto Alegre. O texto destaca que foi ele, como ministro da Educação, quem criou 214 escolas no País.

Risco dos nanicos

Para manter o recebimento dos milhões do Fundo Partidário, partidões e legendas nanicas direcionam a maior parte dos recursos para campanhas de candidatos a deputado federal. Isso porque, a partir de 2019, as legendas que não tiverem pelo menos nove deputados eleitos ou 1,5% dos votos válidos estarão fora da divisão da verba.

Planilha

Até o momento, de acordo com a prestação de contas à Justiça Eleitoral, os partidos nanicos destinaram a maior parcela do dinheiro: o PMN encaminhou 91,2% de R$ 5,1 milhões, o Avante 72,7% de R$ 9,6 milhões e o Patriota 69,9% de R$ 7,5 milhões. As candidaturas a deputado federal já custaram, até agora, mais de R$ 2 bilhões aos cofres públicos.

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