Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2022
Podem ocorrer sangramentos sob a pele, manchas vermelhas, caroços ou feridas abertas.
Foto: ReproduçãoAs causas exatas da vasculite ainda não são totalmente claras, porém alguns fatores são associados ao desenvolvimento do quadro, entre eles problemas genéticos, doenças autoimunes, reações alérgicas ou outros problemas de saúde que provoquem a inflamação dos vasos sanguíneos de forma secundária.
Vasculite é um quadro raro que, na maioria dos casos, leva as próprias células do sistema imunológico a invadirem as paredes dos vasos, causando um estreitamento da região chamado de estenose, o que restringe a passagem do fluxo sanguíneo. Com isso, as regiões irrigadas por aquele vaso podem sofrer com a falta de oxigenação, chamada de isquemia, e eventualmente predispor o paciente para quadros de aneurismas ou hemorragias.
Quais são os sintomas?
Além de febre, dores de cabeça, fraqueza e perda de peso, os sintomas variam de acordo com a região e o órgão que está sendo afetado pela inflamação. De acordo com o instituto de saúde Mayo Clinic, dos Estados Unidos, eles podem se apresentar das seguintes formas de acordo com o local do corpo onde ocorre o problema:
– Sistema digestivo: Dores depois de comer, úlceras, perfurações e sangue nas fezes
– Ouvidos: Tonturas, zumbidos e perda auditiva.
– Olhos: Vermelhidão, coceira, queimação, cegueira temporária ou permanente.
– Mãos ou pés: Dormência, fraqueza, inchaço e enrijecimento.
– Pulmões: Falta de ar, tosse com sangue.
– Pele: Sangramentos sob a pele, manchas vermelhas, caroços ou feridas abertas.
Diagnóstico
Em caso de sintomas, é preciso buscar um médico especialista, que fará a análise do histórico do paciente, das doenças associadas às vasculites e poderá pedir ainda exames laboratoriais que avaliam a presença de anticorpos no sangue ligados ao processo de inflamação.
Tratamento
O tratamento é direcionado à redução dos impactos decorrentes da inflamação nos vasos sanguíneos, podendo envolver medicamentos como esteroides ou corticoides. Ele varia de acordo com a gravidade da doença e a região impactada. Em alguns casos, pode ser passageira sem a necessidade de intervenções médicas. Quando é possível identificar a causa, ela pode ser o alvo da terapia.
Em situações mais graves, podem ser utilizadas drogas imunossupressoras, que diminuem a atuação do sistema imunológico e, portanto, da reação que está atacando as paredes dos vasos. Dependendo do quadro clínico, pode ser preciso também que o paciente seja hospitalizado para acompanhar o desenvolvimento da doença.