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Ratos se tornam “atletas” no espaço em um experimento da Nasa

Na Estação Espacial Internacional, os ratinhos foram submetidos à microgravidade por 37 dias. (Foto: Reprodução)

O Instituto Novartis para Pesquisa Biomédica e o Centro para o Avanço da Ciência no Espaço, organização sem fins lucrativos, se juntaram à Nasa num experimento que levou alguns camundongos ao espaço para pesquisar seu comportamento quando expostos à microgravidade.

Na Estação Espacial Internacional, os ratinhos foram submetidos à microgravidade por 37 dias. A partir do sétimo dia, os animais mais jovens começaram a apresentar um comportamento mais agitado. Em pouco tempo, eles estavam dando voltas pelas laterais da gaiola, como se fossem motociclistas dentro de um globo da morte.

Os cientistas disseram que mais pesquisas são necessárias para que eles tenham uma resposta mais sólida, que explique o comportamento dos ratos. A princípio, os animais estavam saudáveis e fazendo tudo o que um rato normal faz, com exceção do “momento da malhação”. O estresse também foi descartado como possível causa da agitação. Para os pesquisadores, o mais provável é que os ratos estivessem buscando estimular o sistema de equilíbrio do corpo, que é praticamente nulo na microgravidade.

E, apesar de 37 dias parecer pouco tempo para nós, se formos comparar a expectativa de vida geral dos camundongos com o nosso, dois anos para estes animais são o equivalente a 70 anos para nossa espécie. Isso significa que os 37 dias representam, para eles, 14 anos, para nós. Talvez, por este motivo, a microgravidade tivesse começado a “incomodá-los”.

A pesquisa com os ratos também visa gerar mais explicações sobre a nossa exposição à microgravidade em missões mais longas, como as que são realizadas para a Lua e Marte, já que humanos e camundongos compartilham algumas semelhanças biológicas.

Foguete

O poderoso foguete Space Launch System (SLS) vem sendo desenvolvido pela Nasa há vários anos, e alguns atrasos marcam o cronograma, pois já era para o foguete estar operacional, mas pelo andar da carruagem ele somente conseguiria ser lançado pela primeira vez no final de 2020 – em um cenário otimista. No entanto, o SLS é peça fundamental para que os atuais planos dos Estados Unidos de retornar à Lua em 2024 e ir a Marte em 2033 se concretizem dentro do prazo, e a Nasa pode pular uma etapa importante na fase de testes para conseguir lançá-lo mais cedo.

A agência espacial está procurando maneiras de lançar o SLS em 2020 mesmo, só que para isso será preciso encurtar a fase de testes, provavelmente pulando a etapa em que se dispara os quatro motores principais do estágio central do foguete durante toda a subida para a órbita. Esse teste vem sendo preparado pela Nasa há quase uma década, por sinal, com a agência já tendo gastado cerca de US$ 230 milhões para reformar e modificar o estande de testes – essas modificações incluíram equipamentos especiais para o SLS na plataforma.

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