Sábado, 04 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de janeiro de 2025
Mais cedo, em seu discurso na Câmara, Melo afirmou que a proteção das cheias "é um dos desafios" do mandato.
Foto: Julio Ferreira/PMPASebastião Melo ainda discursava na Câmara de Vereadores de Porto Alegre após ser empossado para o segundo mandato. No final da tarde desta quarta-feira (1°), a cidade enfrentava uma nova tempestade. Poucos metros dali, a Usina do Gasômetro, palco do evento que marcaria o segundo ato da posse de Melo, sua vice Betina Worm, e secretários, estava sem energia elétrica e com ruas próximas alagadas.
Por conta disso, a prefeitura de Porto Alegre cancelou a programação em um dos principais símbolos culturais da cidade. O encontro também marcaria a reabertura do espaço após quase sete anos fechado. A decisão foi tomada por Melo, a partir do Centro Integrado de Coordenação de Serviços da Cidade de Porto Alegre (Ceic-POA).
O prédio da Usina, quase centenário, localizado às margens do Guaíba, foi fortemente impactado pelas enchentes de maio de 2024. Justamente em seu discurso na Câmara, na posse oficial da prefeitura, Melo afirmou que a proteção das cheias “é um dos desafios” do mandato, assim como “educação, o plano diretor e o marco regulatório do saneamento”. No X, antigo Twitter, a administração municipal se posicionou sobre o cancelamento:
“O ato de recondução do prefeito Sebastião Melo, posse da vice Betina Worm e secretariado foi cancelado devido à falta de energia na Usina do Gasômetro e impactos na cidade, em razão das fortes chuvas que atingiram Porto Alegre. A medida busca garantir a segurança dos convidados e priorizar o atendimento das ocorrências. Informamos que o evento será remarcado. Nova data e horário serão divulgados em breve.”
A defesa civil municipal publicou no começo da tarde que eram esperadas chuvas entre 20 e 30 milímetros por hora, além de ventos intensos, entre 40-60 km/h, e queda de granizo.
“A Comissão Permanente de Atuação em Emergência (Copae), integrada por diversos órgãos municipais e estaduais, acompanha a situação. Nossas equipes estarão de prontidão para atender ocorrências em todas as regiões da cidade”, afirmou.
A Usina do Gasômetro foi fechada em 2017 devido a problemas estruturais. A obra, iniciada em 2020 e com previsão de 15 meses, enfrentou desafios como a pandemia, atrasos para atualização do projeto e o impacto da enchente de maio, que destruiu parte do térreo, que já havia sido revitalizado.
A cheia causou problemas na rede elétrica, nos elevadores e no piso, que já estavam prontos. No térreo, a água alcançou quase um metro de altura. Além dos eventos culturais e um teatro, a Usina deve abrigar quatro restaurantes, cuja abertura ocorrerá em uma etapa futura, ainda sem data definida.