Após três anos fechado, o Centro Obstétrico do Hospital de Viamão (Região Metropolitana de Porto Alegre) foi reaberto nesta semana. A previsão é de aproximadamente 130 partos por mês – o primeiro foi realizado na noite de quarta-feira (2). Com um repasse mensal de R$ 400 mil da Secretaria Estadual da Saúde (SES), a instituição é referência em atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Dentre os motivos para a pausa prolongada estava a adaptação da unidade para a montagem de infraestrutura com foco no atendimento a pacientes de coronavírus, cuja pandemia chegou ao Estado em março de 2020.
A unidade agora reativada possui seis leitos de internação, quatro de pré-parto, uma sala de parto, quatro leitos pós-parto e uma sala para partos cirúrgicos. O hospital foi adquirido recentemente pela prefeitura, que terceirizou a gestão ao Instituto Maria Schmitt (Imas).
Durante o ato de reinauguração, a titular da SES, Arita Bergmann, ressaltou a importância das parcerias para viabilizar a retomada das atividades no setor da instituição: “Essa é uma demonstração de que Viamão está fazendo uma virada de página na história da saúde municipal”.
A diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada da SES, Lisiane Fagundes, também se manifestou. Segundo ela, o investimento em atenção primária levou a Viamão a atingir “indicadores de saúde que servem de exemplo ao Estado”.
O município vizinho à Capital é um dos municípios mais populosos do Rio Grande do Sul: dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam mais de 256 mil habitantes, contingente responsável pelo 7º lugar no ranking, que tem nas seis primeiras posições Porto Alegre, Caxias do Sul, Canoas, Pelotas, Santa Maria e Gravataí.
Novo hospital
Viamão, aliás, deve ter mais um hospital no médio prazo. Na quarta-feira (2), representantes das secretarias estaduais da Saúde e da Reconstrução Gaúcha iniciaram um workshop de três dias com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), atividade que marca o início da definição do modelo de parceria público-privada (PPP) com tal finalidade e duração de 25 a 30 anos.
Trata-se da primeira PPP do governo do Estado no setor. No foco está a construção de uma unidade com 500 leitos para procedimentos de média e alta complexidades, com terreno cedido pela prefeitura em local próximo ao hospital já existente.
O investimento por parte do Estado será definido durante a estruturação do projeto, que deve prosseguir até abril do ano que vem. No mês seguinte, serão realizadas consultas e audiências públicas. O edital tem publicação prevista para setembro. Já o leilão para definir o parceiro privado que vai construir e gerenciar a instituição é projetado para novembro.
(Marcello Campos)