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Por Redação O Sul | 1 de agosto de 2015
Os 655 mil militares das Forças Armadas terão reajuste salarial acima dos 21,3% propostos pelo governo federal aos servidores do Executivo e Judiciário. A afirmação foi feita pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner, após palestra na Eceme (Escola de Comando e Estado-Maior do Exército), na Praia Vermelha, no Rio. O ministro ainda adiantou que o pagamento pode ser diferente para cada categoria e patentes, entre civis, praças e oficiais.
“A expansão da nossa folha de pagamento será, sem citar número, superior a 21,3%”, afirmou, mas o reajuste não será necessariamente linear, pode ser por segmentos. “Um pode ter 24%, outro 18%, por exemplo. Depende da defasagem salarial de cada patente ou função e também da negociação de cada categoria junto ao Ministério do Planejamento”, acrescentou.
O governo tem até este mês para acertar os índices de aumento de todo o funcionalismo, que integrarão a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2016. O texto tem que ser votado até este mês pelo Congresso Nacional. Wagner se comprometeu a enviar o projeto dentro do prazo. “Vou me reunir com os comandantes das três Forças na próxima semana para discutir como será essa redistribuição”, afirmou. O reajuste dos militares terá que entrar em um Orçamento ainda mais enxuto. O Ministério da Defesa sofreu um corte de 300 milhões de reais de um total de 8,47 bilhões de reais no Poder Executivo.
O decreto que atualizou o contingenciamento orçamentário para 2015 foi publicado na sexta-feira no Diário Oficial da União.
O Ministério da Defesa informou que fará esforços para replanejar os seus gastos para o ano vigente, com a finalidade de minimizar os impactos sobre as suas atividades. “Os nossos projetos estratégicos não podem sofrer descontinuidade. Podem reduzir a velocidade mas não vai parar”, destacou o Ministério da Defesa em nota.