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Receita Federal barra exoneração do ex-chefe do órgão investigado no caso das joias

O órgão vai investigar se é possível exonerar um funcionário a pedido enquanto um processo de investigação está em andamento. (Foto: Divulgação)

A Receita Federal revogou a portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (10) que autorizava a exoneração de Julio César Vieira Gomes do cargo de auditor-fiscal. Ao revogar a exoneração, o atual chefe do órgão, Robinson Barreirinhas, alegou a existência de uma investigação preliminar sumária na corregedoria do órgão.

Uma fonte da Receita diz que é preciso checar se é possível exonerar um funcionário a pedido enquanto um processo de investigação está em andamento.

Vieira Gomes é quem assinou o despacho que pedia que os auditores da Receita no Aeroporto de Guarulhos atendessem ao pedido de um assessor de Jair Bolsonaro (PL) e entregassem um conjunto de joias avaliado em R$ 16,5 milhões apreendido na alfândega.

Em depoimento à Polícia Federal, Vieira Gomes afirmou que à época em que o pedido foi realizado os bens já pertenciam, de forma definitiva, à União.

Na mesma semana da tentativa de resgate das joias, Bolsonaro nomeou Vieira Gomes para o recém-criado cargo de adido tributário em Paris. O posto foi extinto quando Fernando Haddad assumiu o Ministério da Fazenda.

Tentativa de cargo em São Paulo

No último mês, parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram emplacar Vieira Gomes no governo de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), entretanto, vetou.

Entre os parlamentares que atuaram em favor de um cargo para o ex-chefe da Receita Federal em São Paulo estão alguns integrantes da bancada evangélica.

Segundo esses políticos, Vieira Gomes é visto como um aliado na busca por anistia a dívidas tributárias, anulação de multas aplicadas pela Receita Federal e ampliação das isenções de impostos para igrejas.

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