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Política Recessão não é a saída para baixar a inflação, diz o ministro da Fazenda

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Segundo Haddad, o governo tem compromisso com o resultado primário zero e vai perseguir o objetivo.

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Segundo Haddad, o governo tem compromisso com o resultado primário zero e vai perseguir o objetivo. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na quinta-feira (20) que não é preciso causar uma recessão no Brasil para debelar a inflação. Ele afirmou que controlar o aumento de preços é tarefa do governo e do Banco Central (BC), que vão agir para chegar ao alvo. Segundo Haddad, o governo tem compromisso com o resultado primário zero e vai perseguir o objetivo.

“Eu não acredito que você precisa de uma recessão para baixar a inflação no Brasil, não acredito nisso”, disse Haddad, no programa “Bom Dia, Ministro”, da EBC. “Eu acho que você consegue administrar a economia de maneira a crescer de forma sustentável, sem que a inflação saia do controle.”

O ministro afirmou que as equipes do governo e do BC fizeram um esforço grande para construir uma relação institucional. Ele disse que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma “experiência inédita” com uma transição de dois anos no BC, devido à autonomia operacional da autarquia.

“É uma experiência inédita que aconteceu, e eu acredito que nós procuramos fazer da melhor maneira possível, com todas as divergências que surgiram e tudo mais, nós procuramos fazer da maneira mais civilizada possível, e concluímos esse processo de maneira êxito”, disse.

A lei de autonomia da autoridade monetária estabeleceu mandatos para presidente e diretores, sendo que o do chefe da autarquia só termina dois anos depois de iniciado o mandato do presidente da República. Por isso, Roberto Campos Neto, indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, comandou o BC até dezembro do ano passado.

“Agora, nós temos uma diretoria que ainda conta com dois diretores do governo passado. Então é uma transição que, na verdade, não é nem de dois anos, é maior”, acrescentou, referindo-se aos diretores do BC de Política Econômica, Diogo Guillen, e de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, Renato Gomes, indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e cujos mandatos vão até dezembro deste ano.

Avaliação negativa

O ministro disse ainda que o levantamento da Genial/Quaest que mostrou a sua aprovação do seu trabalho pelo mercado financeiro derretendo de 41% em dezembro para 10% em março não pode ser considerado uma pesquisa, porque não tem base amostral.

“Dizer que isso é uma pesquisa é dar um nome muito pomposo para uma coisa que deve ter sido feita em 15 minutos ali, num bairro”, disse.

O levantamento da Genial ouviu 106 fundos de investimento com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro entre 12 e 17 de março, tendo como público-alvo gestores, economistas e analistas. Segundo a pesquisa, 88% desse público avalia o governo Lula negativamente, e apenas 4% têm visão positiva.

Segundo Haddad, uma pesquisa como essa teria mais peso se realizada no Congresso Nacional, por exemplo, já que são pessoas com mandato.

O ministro disse que, na vida pública, há “altos e baixos” e que “consertar o País é difícil”. Ele argumentou que é difícil fazer com que diferentes pessoas convirjam para um mesmo projeto, e que a solução para a economia brasileira é fortalecer as instituições e chegar a um acordo dos Poderes da República. (Estadão Conteúdo/InfoMoney)

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https://www.osul.com.br/recessao-nao-e-a-saida-para-baixar-a-inflacao-diz-o-ministro-da-fazenda/ Recessão não é a saída para baixar a inflação, diz o ministro da Fazenda 2025-03-21
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