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Recessão econômica se combate com “medidas amargas”, diz Temer

"Não vamos ter a ilusão de que se combate a recessão com medidas doces", destacou Temer (Foto: Beto Barata/PR)

O presidente Michel Temer reconheceu, na noite desta quarta-feira (16), que o governo federal enfrentará dificuldades no Congresso Nacional para a aprovação da reforma previdenciária, mas ressaltou que não se pode ter a ilusão de que uma recessão econômica seja resolvida com “medidas doces”.

Em discurso em jantar oferecido à base aliada no Senado, promovido no Palácio do Alvorada, o peemedebista afirmou que muitas vezes é necessário tomar “medidas amargas” e disse que, na opinião dele, há uma consciência nacional de que uma reforma previdenciária é “indispensável”.

“O primeiro passo é tirar o País da recessão para depois começar o crescimento e, com ele, a geração de emprego. Não vamos ter a ilusão de que se combate a recessão com medidas doces. Você precisa muitas vezes de medidas amargas e essas medidas visam o futuro, não o presente”, disse.

Segundo ele, o País passa por uma recessão econômica “profunda” e “extremamente preocupante” e a proposta do teto de gastos públicos, programada para ser votada em primeiro turno no dia 29 de novembro, faz parte do esforço do governo federal para superar o quadro atual.

“Vai ser difícil [a reforma previdenciária]? Vai, mas creio que já há uma consciência nacional e as pesquisas revelam que ela é indispensável. Não há como fugir dela, até porque estamos fora do planeta, porque os outros países têm regras de natureza previdência diferentes das nossas”, afirmou.

O presidente ressaltou ainda que não pode ser visto como normal no País um déficit público de R$ 170 bilhões e reforçou que, após a reforma previdenciária, o governo federal promoverá uma reforma trabalhista. “Nós temos pouco tempo de governo federal e, portanto, precisamos fazer isso rapidamente”, disse.

O presidente aproveitou o discurso para fazer uma crítica indireta à sua antecessora no cargo, Dilma Rousseff. Segundo ele, muitos senadores que chegaram ao jantar observaram que nunca tinham entrado no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.

“Muitos disseram que é a primeira vez que entram aqui, o que é estranho, porque o Poder Legislativo tem de estar sempre presente no Poder Executivo e no Palácio do Alvorada”, criticou. (Folhapress)

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