Quinta-feira, 17 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 8 de abril de 2025
Balanço leva em consideração dados extraídos do Sistema 156 entre os dias 24 de fevereiro e 7 de março
Foto: Agência BrasilO número de reclamações por alteração de gosto e odor na água apresentaram queda de 56% em Porto Alegre. O balanço, divulgado pelo Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos) nessa terça-feira (8), leva em consideração dados extraídos do Sistema 156 entre os dias 24 de fevereiro e 7 de março.
A média dos últimos 30 dias é de 0,62 queixas por dia. Entre os meses de fevereiro e março, o índice chegou a 1,42 – fato que motivou a adoção do carvão ativado no tratamento dos sistemas Moinhos de Vento e São João. Em razão da normalização dos parâmetros, o emprego da técnica foi interrompido.
“As alterações de gosto e odor na água são típicas do verão, causadas por compostos não prejudiciais à saúde encontrados no Guaíba. Com o fim da estação mais quente, já era esperada a normalização. Agora, vamos trabalhar para minimizar os efeitos para o próximo verão”, explica a diretora de Tratamento e Meio Ambiente do Dmae, Joice Becker.
Ao todo, foram utilizadas cerca de 80 toneladas de carvão ativado para manter a operação de tratamento nas Ebabs (Estações de Bombeamento de Água Bruta) São João e Moinhos de Vento até o dia 17 de março.
Guaíba
As alterações de gosto e odor na água são causadas pelas substâncias geosmina e 2-metilisoborneol (MIB), inertes e inofensivas ao ser humano. O fenômeno ocorre no verão, quando há redução natural do nível do Guaíba. Na estação mais quente do ano, a água também apresenta menos turbulência, o que também contribui para a mudança das características do manancial.
Qualidade
A rotina de captação, tratamento e distribuição da água segue os padrões da Portaria nº 888/2021, do Ministério da Saúde, fiscalizada pela Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde. Ao todo, são realizadas 2,4 mil análises diárias da água de Porto Alegre – tanto no manancial quanto nas estações de tratamento e em pontos estratégicos da distribuição.
Os relatórios de qualidade da água, gerados mensalmente pelo Dmae, podem ser conferidos no site. Outras análises estão disponíveis no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, do Ministério da Saúde.