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Recomendação do novo chefe da Secom: cada ministro deverá também falar sobre a “herança de destruição” deixada por Bolsonaro

O presidente Lula comandou a primeira reunião ministerial do ano na Granja do Torto, em Brasília (DF). (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Na primeira reunião ministerial do ano, realizada na segunda-feira (20), o novo titular da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Sidônio Palmeira, destacou que o governo é melhor do que a percepção popular, e deu outra instrução da cartilha: cada ministro deverá agora falar sobre a “herança de destruição” deixada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro quando for dar entrevistas.

“As pessoas precisam saber como o governo encontrou o copo: se meio vazio, meio cheio, vazio ou cheio”, disse o chefe da Secom, que foi marqueteiro da campanha petista, em 2022.

O governo Lula terá, a partir de agora, uma cartilha da comunicação pública para evitar crises como a que ocorreu no caso das notícias falsas sobre a taxação do Pix. Na primeira reunião ministerial do ano, Sidônio Palmeira disse que todos os seus colegas terão de criar uma central de monitoramento das redes sociais para dar respostas rápidas a problemas que atingem o governo.

Pesquisas que chegaram ao Palácio do Planalto indicaram falta de confiança na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em sua apresentação, o novo ministro afirmou que a política, a gestão e a comunicação têm andado separadas no terceiro mandato de Lula.

O presidente concordou e disse ali que estava cansado de ficar em seu gabinete no Palácio do Planalto. Aparecendo pela primeira vez sem o chapéu Panamá que usou após a cirurgia para drenar um hematoma na cabeça, Lula cobrou dos ministros que os programas saiam do papel. “Chega desse negócio de fazer ato no Planalto. Estou cansado disso e vou para a rua”, afirmou o presidente, de acordo com relatos de participantes da reunião.

O presidente disse, ainda, que “2025 vai ser o ano da verdade” e anunciou conversas com ministros e partidos, nos próximos dias, para discutir o futuro da aliança governista. A frase foi interpretada como uma alusão à reforma ministerial, que deve ocorrer após a eleição para as presidências da Câmara e do Senado, em 1º de fevereiro.

Lula avisou que sabe muito bem como cada bancada de partido aliado – do PT ao Centrão – está votando no Congresso. Durante as quase oito horas de reunião, o presidente pediu projetos aos 38 auxiliares para 2025. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, também compareceu ao encontro na Granja do Torto, além dos líderes do Planalto na Câmara, no Senado e no Congresso. (Estadão Conteúdo)

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