Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 5 de fevereiro de 2023
Ao entrar em redes sociais, os usuários deparam com inúmeros estímulos, através de publicações que estimulam não apenas o consumo mas também novas formas de autopercepção. Muitos influenciadores e produtores de conteúdo fazem postagens fora da realidade, reforçando padrões estéticos inalcançáveis e um estilo de vida luxuoso que leve o público a comparações que, não raro, geram crise de identidade e baixa autoestima.
É difícil imaginar os motivos pelos quais uma criança que deveria estar brincando está aprendendo a odiar o próprio corpo. Trata-se de algo condicionado, até porque o acesso a aparelhos eletrônicos conectados à internet tem ocorrido cada vez mais cedo para boa parte desse segmento de público.
Em recente entrevista a uma publicação da área da saúde, o médico psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura mencionou o aumento da quantidade de adolescentes em seu consultório. E nos atendimentos, os pais dos pacientes relatam que seus filhos têm desenvolvido um verdadeiro vício por tablets, computadores e celulares do tipo “smartphones”.
Para superar esse estágio do problema, o especialista considera essencial uma série de atitudes, dentre as quais se destacam a realização de tratamento psicoterápico e o estímulo ao amor próprio no cotidiano. Da mesma forma, uma boa alimentação combinada a momentos de lazer e socialização, por exemplo, é algo indispensável.
Riscos
Quando os jovens deparam com pessoas felizes, esbanjando bens materiais e a própria aparência, o desejo de ser igual ao novo ídolo acaba se transformando em frustração e crises existenciais infinitas. E as comparações podem afetar o relacionamento de crianças e adolescentes, tornando-os agressivos ou introspectivos. Dentre os principais riscos envolvendo o excesso das redes sociais estão:
– Baixa autoestima: Um estudo publicado recentemente pelo jornal britânico “The Guardian” emitiu um alerta para que as famílias estejam atentas ao tempo passado em frente à tela do celular.
– Bullying virtual: os problemas se agravam quando o indivíduo começa a receber comentários ofensivos, destacando suas inseguranças. Esse ciclo de violência precisa ser interrompido imediatamente.
– Comportamentos compulsivos: automutilação, descontar a tristeza na comida ou ficar sem comer e mudanças de humor são sintomas de distúrbios psicológicos que podem ser agravados pelas redes sociais.