Referência internacional, o Abrigo Monsenhor Felipe Diel acolhe todas as noites até 205 pessoas, adultos e idosos em situação de rua. São estrangeiros vindos do Uruguai, Venezuela, Cuba, Chile, entre outros.
Segundo a Irmandade de Nossa Senhora dos Navegantes, mantenedora do Abrigo, nos últimos cinco anos houve um aumento de 100% no número de vagas decorrente da crise no Brasil,uma vez que muitas destas pessoas perderam seus empregos e em consequência , seus lares.”Nos vimos crescendo o número de vagas com a miséria alheia, no entanto este crescimento precisa vir amparado de estrutura, e para isso temos infinitas necessidades em restauro, consertos, estrutura, mobiliário, alimentação, vestuário, incluindo pijamas, toalhas e roupas de cama. Necessitamos do auxílio da comunidade e dos empresários, pessoas que se sensibilizam com a causa da retirada da população de rua, aumentando a segurança para todos, refere o Provedor da Irmandade, Gustavo Madalena Brum”.
A população que chega ao local recebe o cuidado e o conforto de uma casa, como higiene pessoal, cama, jantar e café da manhã. Um grupo de voluntários, pessoas que entregam muito mais que alimentação e cuidados pessoais, auxilia no acolhimento e encaminhamento de homens, mulheres e crianças que buscam um teto para se abrigar das dificuldades e da insegurança das ruas. Um total de 351 voluntários se revezam na assistência aos albergados. O Abrigo conta com o trabalho de uma assistente social que encaminha os usuários para serviços da comunidade como confecção de documentos, tratamento de saúde e fornecimento de passagens. O Abrigo ainda oferece palestras e orientações de autoestima, saúde e convívio social. “Muitos que saíram do Albergue estão reorganizados na vida, mas gostaríamos de oferecer oficinas profissionalizantes de pintura, jardinagem, zeladoria, informática e portaria, por exemplo. Para tanto precisamos de parceiros e voluntários”, acrescenta Brum.
A Irmandade de Nossa Senhora dos Navegantes mantém parceria com a Fundação de Assistência Social e Cidadania – FASC, mas suas principais dificuldades são estruturais, pois o prédio completa em agosto 51 anos.