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Reforma: montadoras usam lobby de ex-senadores

(Foto: Enio/Divulgação)

Vários senadores admitiram terem ficado constrangido com o assédio ou abordagem de ex-colegas parlamentares no lobby para favorecer segmentos da economia, na votação da proposta de Reforma Tributária. Esse lobby resultou na obtenção de vantagens tributárias para duas montadoras. Uma delas foi a Fiat, que, instalada em Goiana (PE), contou com a ‘marcação sob pressão’ de senadores do Estado e ex-políticos como o ex-senador e ex-ministro Fernando Bezerra (MDB).

Bolsa Fiat

Sem mandato, Bezerra e Cássio Cunha Lima emplacaram alíquota menor para veículos de combustão interna. É a chamada “Bolsa Fiat”.

Emenda com CEP

O lobby nordestino beneficiou a BYD, que ocupará a antiga fábrica da Ford na Bahia, e Stellantis, resultado da fusão Fiat/Jeep/Peugeot etc.

Mourão atento

A vantagem para a montadores foi revelada por Hamilton Mourão (Rep-RS), que viu derrotada sua emenda que impediria a armação.

Eles não respondem

Também o ex-deputado Alexandre Baudy atuou pela chinesa BYD, mas, como Fernando Bezerra, não respondeu às tentativas de contato

Milei quer distância de Lula, caso vença na Argentina

As alegadas interferências de Lula (PT) nas eleições da Argentina têm provocado reações indignadas do favorito a presidente Javier Milei, do Partido Libertário, e faz prever relações estremecidas com o Brasil, em caso de vitória. Milei não mede palavras chamando Lula de corrupto. Em plena campanha , o petista mandou montanhas de dinheiro para o governo do amigo Alberto Fernandez, cujo candidato, Sérgio Massa, comanda o Ministério da Fazenda que arruinou a economia do país.

Repulsa

Milei definiu com “miséria, corrupção, inflação, fome e pobreza em uma foto” para mostrar Lula, Cristina Kirchner e Sérgio Massa.

Concorrência

O argentino vai competir com o Brasil: “vão ter que servir seus vizinhos com produtos de melhor qualidade e melhor preço, ou irão à falência”.

Financiamento explícito

Dias antes, Milei também criticou a interferência de Lula nas eleições argentinas, cujo governo veio ao Brasil pedir (e ganhar) dinheiro.

Ritmo legislativo

A expectativa de lulistas na Câmara é que a reforma tributária seja analisada a jato pelos deputados federais. Mas o primeiro passo ainda é a comissão especial que vai analisar a proposta.

Prazo é curto

O Congresso Nacional tem apenas cinco semanas para analisar e eventualmente promulgar a reforma tributária do governo Lula (PT), após esta semana de feriado da Proclamação da República.

Confisco

Hamilton Mourão (Rep-RS) criticou a proposta de reforma tributária, que classificou de confisco. “Uma falha que eleva a carga tributária e que usurpa o poder dos entes federados”, avalia o senador.

Carabina

Daniela Reinehr (PL-SC) acionou Flávio Dino (Justiça) para saber se Lula tem arma de fogo. No requerimento, a deputada ainda questiona se eventual armamento está registrado no Sistema Nacional de Armas.

Reta final

A Câmara Legislativa do DF marcou para o próximo dia 16 a última oitiva da CPI do 8 de Janeiro. Será do cel. Reginaldo Leitão (PMDF). O relatório final da CPI também deve ficar pronto neste mês.

De ponta a ponta

A briga local pelo PDT do Ceará envolve a disputa pela prefeitura de Fortaleza e na Assembléia, cujo presidente anuncia há meses que está abandonando o partido de Cid e Ciro Gomes, que brigam pelo partido.

Fortuna ordinária

Os R$ 86 mil que o PT torrou com o aluguel da mansão de Lula em São Paulo foram contabilizados pelo partido na Justiça Eleitoral como “despesas gerais ordinárias”.

Sobrenome

Presidente da CPI que investiga a atuação de ONGs na Amazônia, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) classificou o Instituto Socioambiental (ISA) como a “ONG mais denunciada na CPI”.

Pensando bem…

…o fundão eleitoral de R$5 bilhões não teve problema para ser aprovado na Praça dos Três Poderes.

PODER SEM PUDOR

Ooops, errei

Em junho de 1991, o deputado tucano José Serra, sempe desligado, visitava Washington e foi almoçar na casa do embaixador Marcílio Marques Moreira. Desceu do táxi, bateu à porta e entrou. A empregada, cucaracha, avisou que o embaixador ainda não havia chegado. À vontade, Serra disparou telefonemas por conta da embaixada e, após folhear livros e mexer em papéis, descobriu meia hora depois que entrara na casa vizinha, a do embaixador da Bolívia.
(Com a colaboração de Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)

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