Em palestra realizada na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), em Porto Alegre, nesta sexta-feira (4), o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a Reforma Tributária, que simplifica o sistema de arrecadação de impostos, vai fazer justiça ao setor industrial.
Responsável por 11% do PIB brasileiro, o setor é taxado em mais de 30%. Alckmin destacou alguns motivos que o fazem otimista com o futuro e a retomada da economia do País. Um dos fatores é o câmbio, com o dólar competitivo por volta de R$ 4,40 e R$ 4,50. Além disso, ressaltou, os juros começaram a cair, o que deve continuar acontecendo nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
“Não há razão para a taxa de juro nesse patamar, tira a competitividade”, disse. O vice-presidente crê na possibilidade de o acordo Mercosul União Europeia finalmente ser finalizado, e prega também uma maior aproximação comercial regional, entre países latino-americanos.
Citou como exemplo Estados Unidos, Canadá e México, vizinhos que mantêm 50% do comércio entre eles, enquanto em países da América Latina esse percentual é de apenas 26%.
O maior desenvolvimento econômico e social do país também passa pelo fator logístico, destaca Geraldo Alckmin. Sendo o Brasil a quinta nação do mundo em extensão territorial, ele entende que é preciso ampliar os investimentos em hidrovias, ferrovias e cabotagem, por exemplo. O vice-presidente comentou também que o PAC a ser lançado pelo governo em 11 de agosto terá R$ 60 bilhões em investimentos públicos por ano, mas privilegiará igualmente as concessões públicas e Parcerias Público Privadas (PPPs).
Reforma trabalhista
Em relação a questões trabalhistas, o vice-presidente assegurou que “ninguém vai mexer na reforma trabalhista” e defendeu desoneração de folha para as empresas, além de uma maior desburocratização. Alckmin comemorou o que ele considera um sucesso absoluto, que foi o programa de incentivo à indústria automobilística. “Foi feito inicialmente para veículos leves, levando em consideração o critério social, – carros mais baratos -, ambiental, de menor poluição, e considerou a densidade industrial”, disse, informando que o mesmo deverá ser feito em breve para a linha branca.