Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2022
De acordo com a presidência da Aresf, o acesso às gravações das câmeras de segurança é exclusivo a diretoria da organização.
Foto: ReproduçãoRegistros de acesso às imagens de câmeras de segurança do local onde o tesoureiro do PT Marcelo Arruda foi morto pelo policial Jorge Guaranho foram deletados dois dias após o crime. A informação faz parte de laudo pericial juntado na terça-feira à ação penal na qual Guaranho responde pelo homicídio duplamente qualificado de Arruda.
Marcelo Arruda foi morto a tiros no dia 9 de julho durante a própria festa de aniversário na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Perícia mostrou que dois dias depois do assassinato, em 11 de julho, foram deletados os registros de acesso às gravações.
A análise do equipamento que armazena as imagens de câmeras de segurança da associação foi feita por cinco peritos, diz o laudo, e foi solicitada pela Polícia Civil.
“Ao analisar as configurações do equipamento identificou-se que o serviço de acesso remoto P2P estava ativado e que às 08h57min02seg do dia 11/07/2022 ocorreu um evento de ‘Limpar’ que apagou todos os registros de eventos do aparelho anteriores a esta data. Logo, pela análise dos logs presentes não foi possível afirmar se houve acesso às imagens na data de 09/07/2022’, diz trecho do laudo.
A perícia também tinha o objetivo de verificar se houve algum tipo de adulteração nas gravações. Os peritos concluíram que não “foram encontrados indícios de adulterações”.
De acordo com a presidência da Aresf, o acesso às gravações das câmeras de segurança é exclusivo a diretoria da organização. A associação foi questionada sobre a conclusão dos peritos de que os registros foram deletados, mas não obteve resposta.
Jorge Guaranho segue internado em Foz do Iguaçu, sem previsão de alta.