Para que uma sociedade evolua, é preciso que haja um ambiente propício para que isso ocorra.
Dito isso, devemos ter em mente que não se pode simplesmente inventar algo sem que se tenha alguma fiscalização para que tal solução não viole nenhum direito básico individual dos cidadãos. Porém, o que estamos vendo, muitas vezes, são discursos de que tal ideia não pode ser colocada em prática por não existir regulação ou porque reduzirá as taxas de empregos
Inovação mexe com muitas questões nos seres humanos, e não podemos deixar que as criações que venham para somar na sociedade desapareçam ou sejam limitadas/aleijadas em função da rasa justificativa de que poucas pessoas perderão seus trabalhos. Da mesma forma que a inovação acaba por deixar obsoletos alguns negócios, ela cria novas possibilidades ainda maiores de empregos e espaço para novos players. A exemplo disso, temos os aplicativos de mobilidade urbana e de locação de imóveis, como o Airbnb, gerando renda para várias famílias que se viram afetadas pela grave crise.
O que seria da nossa sociedade hoje se não tivéssemos vivido uma revolução industrial? Naquela época havia pessoas que eram contra a utilização de máquinas que substituíssem o trabalho humano, inclusive grupos de pessoas foram criados para sabotar as máquinas que eram implantadas.
Como naquela época, essas pessoas se viram obrigadas a buscar outras áreas de trabalho e se qualificar para o novo mundo que vinha pela frente. Afinal, graças a essas revoluções, surgiram os veículos a combustão, as melhorias na energia elétrica, etc.
O que estamos vivendo hoje seria uma revolução tecnológica? Arrisco dizer que sim e que ela será inevitável. Agora, diante da realidade posta, como nos comportaremos? Como deverá se comportar o poder público? Chegamos até aqui, mas estamos preparados para entrar na era da tecnologia?
Fabio Steren, consultor em segurança, empresário e associado do IEE