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Mundo Reino Unido e França oferecem ajuda a Zelenski e plano para fim da guerra na Ucrânia

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Líderes europeus e do Canadá se reuniram nesse domingo em Londres para discutir futuro da guerra na Ucrânia. (Foto: Reprodução/AFP)

Dois dias depois da tensa reunião entre Donald Trump e Volodmir Zelenski na Casa Branca, o presidente ucraniano foi calorosamente recebido em Londres pelos principais líderes europeus reunidos nesse domingo (2) na capital britânica para uma cúpula sobre segurança do continente e a guerra da Rússia na Ucrânia.

Quando ele chegou ao número 10 de Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, um grupo de apoiadores o esperava e ovacionou o líder ucraniano. “Estamos todos com você, com a Ucrânia, pelo tempo que for necessário”, disse o premiê britânico Keir Starmer.

Após a reunião, o presidente francês Emmanuel Macron disse ao jornal Le Figaro que França e Reino Unido propuseram uma trégua de um mês na Ucrânia “no ar, no mar e nas infraestruturas energéticas”.

Starmer, organizador da cúpula, classificou a reunião como “um momento único em uma geração para a segurança da Europa e “conseguir um bom resultado para a Ucrânia não é apenas uma questão de certo ou errado; é vital para a segurança de cada nação aqui e de muitas outras também”.

Na mesma linha, o primeiro-ministro da Holanda, Dick Schoof, afirmou que a Europa “precisa desempenhar um papel maior na salvaguarda da segurança do continente”. Segundo Schoof, “a Europa deve assumir mais responsabilidade por sua própria segurança, inclusive reforçando as capacidades de defesa europeias”.

O presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, disse que fortes garantias de segurança são necessárias para uma paz duradoura na Ucrânia e garantir que o país devastado pela guerra não seja invadido novamente.

Costa, que lidera o órgão da UE que representa seus 27 Estados-membros, disse que os aliados deveriam aprender com o passado e evitar repetir “a experiência de Minsk”. Ele fez referência aos chamados Acordos de Minsk, uma série de acordos de cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia que não se mantiveram antes da invasão em larga escala da Rússia em fevereiro de 2022.

Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou que “as perspectivas russas não podem ser aceitas” na busca pelo fim da guerra na Ucrânia. “A Rússia sempre teve como objetivo estabelecer um governo na Ucrânia que siga suas ordens. Isso não pode ser aceito”, disse.

“A Ucrânia é um país europeu que escolheu buscar a adesão à União Europeia – uma nação democrática e soberana. E deve permanecer assim”, disse Scholz em Londres.

Coalizão dos dispostos

O Reino Unido e a França, as duas potências nucleares da União Europeia, estão encabeçando uma “coalizão dos dispostos” a garantir a paz na Ucrânia – isto é, defendendo-a militarmente com tropas e armamentos, anunciou Starmer, após a reunião com lideranças de 18 países.

A coalizão entraria em cena após a assinatura de um cessar-fogo apoiado pelos americanos. Deste modo, os europeus querem desencorajar novos ataques russos contra a Ucrânia, transformando-a em um “porco-espinho de aço indigesto para potenciais invasores”, nas palavras da chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Starmer disse ter falado com as nações Bálticas anteriormente, já que elas são “obviamente parte da nossa discussão”. Lituânia, Letônia e Estônia formam os países bálticos que fazem fronteira com Rússia e Belarus, aliado de Putin, e se sentem ameaçados pela Rússia.

Participaram das discussões governantes europeus e do Canadá e da Turquia, além do chefe da aliança militar Otan, Mark Rutte, e do presidente ucraniano Volodimir Zelenski.

Fracasso do acordo

O encontro já estava planejado, mas ganhou caráter de urgência após a implosão de um acordo para exploração de terras raras ucranianas pelos Estados Unidos. A proposta é encampada pelo governo de Donald Trump como solução para o fim da guerra na Ucrânia.

O tratado deveria ter sido assinado na sexta-feira (28), mas acabou suspenso após Trump e seu vice, JD Vance, baterem boca com Zelenski e o acusarem de ingratidão. A insistência dele em garantias de segurança irritou Trump, que o despachou da Casa Branca e disse que só voltaria a conversar quando ele “estiver pronto para a paz”.

Segundo Starmer, o Reino Unido está “preparado” para ser o fiador da paz na Ucrânia “com botas no terreno e aviões no ar, junto com outros [países]”. O britânico, porém, frisou que embora a Europa tenha que dar conta da parte mais difícil desse trabalho, a paz no continente depende de um apoio sólido dos Estados Unidos – a quem os europeus agora tentarão convencer.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, disse que pediu a Zelenski que “consertasse” seu relacionamento com Trump. “Temos que ficar juntos, os Estados Unidos, a Ucrânia e a Europa, para levar a Ucrânia a uma paz duradoura”, insistiu ele.

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