Segunda-feira, 21 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 16 de abril de 2025
Órgão regulador do Reino Unido proibiu anúncios de seis empresas sobre o “Brazilian butt lift” (BBL), procedimento que modela o formato dos glúteos. Segundo a Advertising Standards Authority (ASA), as peças de marketing, divulgadas em redes sociais, exploram a insegurança das mulheres e as pressionam a marcar uma consulta.
Diferente do que foi feito pelas marcas, o órgão ressalta que a cirurgia estética precisa ser retratada como uma decisão que exige tempo e reflexão, em vez de urgência para agendar rapidamente e fechar um acordo, por conta dos riscos envolvidos.
Em setembro de 2024, a inglesa Alice Webb morreu no Reino Unido após realizar o procedimento. Duas pessoas foram presas após a morte, incluindo o cirurgião que realizou a cirurgia. É estimado que, desde 2019, ao menos 20 mulheres britânicas perderam sua vida ao realizar o BBL na Turquia.
Alice Webb morreu no hospital após passar mal. O lifting tem o objetivo de retirar gordura de uma região do corpo e introduzir nos glúteos para deixá-lo mais arredondado, avantajado e liso.
Embora não seja ilegal no Reino Unido, algumas cidades já proibiram o procedimento pelos riscos associados, como embolias, coágulos e sepse. A diretora do Save Face, um registro de profissionais credenciados que oferecem tratamentos estéticos não cirúrgicos no país, classificou este tipo de prática uma “crise esperando para acontecer”. Ela contou que a organização apoiou 500 mulheres que sofreram complicações do BBL.
A organização criticou “profissionais não médicos” que realizam o procedimento. Segundo o Save Face, eles não são capazes de identificar e controlar as possíveis complicações dos clientes, além de diagnosticar erroneamente abscessos e necrose tecidual, sem aplicar o tratamento correto.
Objetivo
O que é o Brazilian butt lift? O principal objetivo do BBL é retirar gordura de uma região do corpo e introduzir nos glúteos para deixá-lo mais arredondado, avantajado e liso. Dessa forma, o nome se inspira no corpo das brasileiras.
Muitas das vítimas que realizaram a cirurgia tiveram uma embolia gordurosa, condição em que partes da gordura entram em vasos sanguíneos e se alojam no pulmão e no coração, causando morte súbita. Esta é a principal causa de morte relacionada ao procedimento. Outros problemas relacionados à cirurgia são sepse e o surgimento de coágulos.
Nos Estados Unidos, a cada 3 mil cirurgias feitas de enxerto no glúteo, resulta em ao menos uma morte. Essa taxa de letalidade é a mais alta para qualquer procedimento estético. As informações são do jornal O Globo.